Com muita curiosidade por novas descobertas, os participantes do Programa Dedo Verde percorreram as ruas e calçadas do centro histórico de Boa Vista nesta quinta-feira, 2. No passeio, os jovens conheceram de perto a Igreja Matriz N. Senhora do Carmo, a Casa Bandeirante (antigo armazém J.G. Araújo) e os tradicionais Monumentos aos Pioneiros e ao Tamanduá-Bandeira.
A ação faz parte de uma proposta de educação e valorização do patrimônio, inserida no eixo “Eu com a Cidade”. A intenção é aproximar os participantes da história de Boa Vista, estimular o conhecimento e a conservação de seus pontos históricos e fortalecer o vínculo com as raízes culturais.

Segundo a técnica de referência do Dedo Verde, Larissa Paz, a visita aproxima os jovens das origens da capital. Porém, a proposta vai além do passeio: os participantes foram convidados a se tornarem produtores de conteúdo.
“Eles tiveram a missão de produzir um vídeo, no estilo vlog, em que contassem com suas vozes e interpretações o que vivenciaram. É interessante ver como eles se reconhecem nesses espaços e de que forma podem, no futuro, se envolver com eles”, detalhou.

Para Henrique Henori, 15 anos, participante do programa há dois anos, a visita guiada ao centro histórico foi mais do que um passeio: foi uma descoberta. Ele pôde se conectar com a história da cidade, algo que antes passava despercebido em sua rotina.
“Aprendi algo novo para a vida, porque eu não conhecia muito do centro histórico. A parte que mais me chamou atenção foi o altar da Igreja Matriz. É a primeira vez que entro aqui. Já tinha passado em frente, mas não sabia que ela tem 300 anos. Achei muito legal terem assinalado o nome do padre que está enterrado aqui. Quero visitá-la mais vezes, gostei bastante.”

Sthefany de Araújo, 17 anos, que também participa do Dedo Verde há dois anos, conheceu pela primeira vez os pontos históricos e se surpreendeu com detalhes que nunca havia notado, como o Monumento aos Pioneiros, assinado pelo artista Luiz Canará.
“Fiquei observando os detalhes dos barcos, das flores e das figuras no monumento. Costumo frequentar a orla e nunca tinha reparado nisso. Também entrei na Igreja Matriz pela primeira vez; o interior é muito bonito, com esses quadros nas paredes. Vi que há muito respeito pelo padre enterrado aqui.”