A Sesau (Secretaria de Saúde) realiza nesta quinta-feira, 7, e sexta-feira, 8, uma capacitação para Agentes Comunitários de Saúde voltada às ações de combate à hanseníase em Boa Vista.
O evento é uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Prefeitura de Boa Vista, integrando a iniciativa de eliminar a doença no Brasil até 2030. As atividades ocorrem até sexta-feira, 8, no auditório do CCTI (Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação).
“A hanseníase é uma enfermidade infectocontagiosa, silenciosa e negligenciada, por isso, geralmente, quando a população procura a unidade de saúde, a doença já está em estágio avançado. Capacitar esses profissionais permitirá identificar os casos de forma mais precoce”, destacou Keiciane Matos, gerente do Núcleo de Controle da Hanseníase.
A hanseníase é provocada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode afetar pessoas de todas as idades e gêneros. Apesar do estigma, a doença é curável, e o tratamento está disponível gratuitamente pelo SUS. O diagnóstico precoce é essencial para impedir incapacidades físicas e a propagação.
A oficina tem como objetivos ampliar a busca ativa, combater o preconceito e fortalecer as ações de educação em saúde. Durante os dois dias de formação, os agentes receberão orientações sobre identificação de sinais e sintomas, prevenção de sequelas, além de estratégias para enfrentar o preconceito relacionado à doença.
“Essa capacitação busca o diagnóstico precoce dessa doença, que é tão estigmatizada e de reconhecimento tardio. Ela beneficiará os agentes que realizam visitas domiciliares, permitindo que identifiquem a hanseníase mais cedo, garantindo diagnóstico e tratamento eficaz durante todo o processo”, explicou Rafaela Siqueira, coordenadora do Núcleo de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde de Boa Vista.
Mariane Portela atua há um ano como agente de saúde no bairro Santa Luzia, em Boa Vista, e esta é a primeira capacitação específica sobre hanseníase na qual participa, por isso pretende ampliar seu conhecimento para aprimorar o atendimento diário.
“Entrei na última chamada para agentes de saúde e ainda não havia ocorrido nenhuma capacitação sobre esse tema. É muito importante, pois trata-se de uma doença delicada e contagiosa. Precisamos dessas capacitações para oferecer o melhor atendimento possível,” afirmou Mariane Portela.
