Recentemente, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estiveram em Roraima para discutir iniciativas que visam tornar o estado livre da peste suína clássica. O encontro ocorreu na quinta-feira, dia 10, no auditório da Superintendência Federal da Agricultura e contou com a participação de várias instituições públicas estaduais ligadas ao setor agropecuário.
Lia Coswing, coordenadora-geral dos Programas Sanitários do Mapa, enfatizou que essa visita técnica é uma parte fundamental do Plano Nacional Brasil Livre de PSC. “O objetivo do Mapa é garantir que todo o território nacional esteja isento dessa doença. A peste suína clássica afeta a comercialização dos produtos suínos de Roraima tanto no mercado interno quanto externo. Estamos aqui para dialogar com os especialistas locais sobre ações que assegurem a saúde da suinocultura”, declarou.
Coswing e Geraldo Moraes, coordenador-geral de planejamento em Sanidade Animal, estão em Roraima para alinhar estratégias que incentivem o crescimento da produção suinícola enquanto protegem contra a enfermidade. Essas ações fazem parte do Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS),desenvolvido pelo Mapa em parceria com as agências estaduais responsáveis pela defesa agropecuária.
Murilo Dias, médico-veterinário e chefe do programa de Sanidade Suína na Agência de Defesa agropecuária de Roraima (Aderr), explicou que os técnicos federais vieram avaliar as condições atuais da suinocultura no estado.
“O intuito deles é compreender como está organizada nossa criação localmente — se existem granjas grandes ou pequenas produções familiares — além das práticas tecnológicas adotadas nas propriedades. Com essas informações,poderemos desenvolver estratégias conjuntas visando à erradicação da peste suína clássica”,comentou Dias.
Ele também destacou que até agora não há registros dessa doença em Roraima; entretanto, são necessárias análises laboratoriais para confirmar oficialmente essa condição sanitária. “Não houve notificações sobre peste suína clássica até agora no estado; porém,precisamos realizar sorologias adicionais para garantir esse status livre”,enfatizou ele.
“É provável que novas sorologias sejam realizadas no segundo semestre nos estados pertencentes ao segundo bloco — Acre, amazonas, Maranhão, pará e roraima”, acrescentou Dias.
O encontro também contou com a presença de médicos-veterinários fiscais da Aderr e representantes das seguintes entidades: Secretaria dos Povos Indígenas (Sepi), Federação da Agricultura do Estado de Roraima (Faerr), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Roraima (Iater) e Secretaria Estadual da Agricultura, Desenvolvimento e Inovação (Seadi).