A PCRR (Polícia Civil de Roraima), através do Nupen (Núcleo de Ensino e Pesquisa), finalizou nesta segunda-feira, 15, o módulo de APH Tático (Atendimento Pré-Hospitalar) do I COP (Curso de Operações Policiais), realizado pela primeira vez para aprimorar o preparo operacional de seus policiais.
O I COP começou em 3 de setembro com 27 participantes, tendo a etapa rústica realizada em uma fazenda na zona rural, em condições adversas, como fase introdutória do curso.
Essa fase incluiu instruções de adaptação, com treinamento de sobrevivência na selva, construção de abrigos improvisados, obtenção de alimentos, adaptação ao ambiente aquático, travessia de cursos d’água equipados, patrulha rural, além de atividades para avaliar capacidade física e mental com testes psicofísicos, controle de pânico e fobias.
Os policiais também passaram por estações de treinamento que demandavam preparo físico, resistência psicológica, atenção e raciocínio rápido, fortalecendo a preparação para situações de risco e sobrevivência.
De 12 a 15 de setembro, a disciplina de APH Tático esteve na programação de treinamentos. Na Apics (Academia de Polícia Integrada Coronel Santiago), os 14 policiais que avançaram para essa etapa receberam instruções teóricas e práticas voltadas para atendimento em cenários de risco.
Entre esses cenários estavam: atendimento sob confronto armado; proteção da equipe e orientação ao ferido para garantir socorro seguro, controle imediato de sangramento forte em extremidades, remoção da vítima usando técnicas de arrasto, atendimento em ambiente tático, controle das vias aéreas, manutenção da respiração e circulação com avaliação de choque, prevenção da hipotermia e procedimentos para evacuação tática.
A fase final ocorreu nesta segunda-feira, 15, no estande de tiro da PCRR, com os alunos participando do treinamento de Escape em Aeronave Submersa e treinamento prático de embarque e desembarque em helicóptero. A instrução aérea foi realizada por instrutores da PRF (Polícia Rodoviária Federal), que disponibilizou a aeronave utilizada nas atividades.
Para o coordenador do curso, delegado Paulo Henrique Tomaz, a integração das técnicas com o uso da aeronave qualifica o policial para resgates em locais de difícil acesso e fortalece as ações conjuntas entre as forças.
Ele afirmou que, nesta fase do APH Tático, com uso da aeronave, os participantes aprenderam como abordar o avião, entrar e se portar dentro da aeronave, enriquecendo ainda mais o curso de operações policiais.
“Essa preparação integrada, que inclui alunos de outras forças como PRF, Polícia Penal e Guarda Municipal, garante operadores capacitados, capazes de atender a população com eficiência, seja no combate ao crime organizado ou em missões de alta complexidade”, destacou o delegado.
A instrutora convidada do curso de APH-Tático, comissária da PCRS (Polícia Civil do Rio Grande do Sul), Audrey Zago, destacou a troca de experiências e a relevância da qualificação.
“Enfatizamos aos alunos a importância de salvar vidas. Os policiais que permanecem no curso estão aptos a socorrer colegas e a sociedade. A instrução com helicóptero é um diferencial, pois em muitas operações não é possível o acesso por terra, e saber como embarcar, resgatar uma vítima e avaliar o ambiente para o pouso faz toda a diferença. O aprendizado aqui ultrapassa Roraima, refletindo em todo o país. Nós, instrutores, temos orgulho de acompanhar a evolução desses policiais e entregar à sociedade profissionais muito mais capacitados e preparados”.
I COP
O Curso de Operações Policiais, iniciativa inédita da PCRR por meio do Nupen, reforça a estratégia da instituição de qualificar seus agentes para atuação em ambientes urbanos e remotos, ampliando a capacidade de resposta em operações complexas e contribuindo diretamente para a segurança da população.
