O Governo de Roraima, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), avançou mais um passo na regionalização dos serviços de saúde.
O Centro de Especialidades Médicas Dr. Alceste Madeira de Almeida, em Rorainópolis, passou a contar com um ambulatório de infectologia, ampliando o acesso a atendimentos especializados para a população do Sul do Estado. A unidade integra o complexo do HRSOSP (Hospital Regional Sul Governador Ottomar de Sousa Pinto), referência na região.
“O Centro realiza consultas ambulatoriais e agora passa a oferecer também a especialidade de Infectologia. Com isso, serão atendidos pacientes que antes se deslocavam até Boa Vista para atendimento”, afirmou o diretor-geral do HRSOSP, Natã Freire.
A nova especialidade permitirá o acompanhamento de pessoas com doenças infecciosas, como HIV, hepatites virais, tuberculose, hanseníase, malária e outras infecções tropicais. O serviço atenderá quinzenalmente, oferecendo consultas ambulatoriais e suporte técnico à equipe hospitalar.
“Com a inauguração do Ambulatório de Infectologia, iremos orientar a Comissão de Controle de Infecções do hospital na prevenção de infecções e monitorar possíveis pandemias ou endemias que possam atingir o Sul do Estado — essa é uma das atribuições do infectologista”, explicou o médico infectologista Joel Gonzaga.
Inicialmente o atendimento ocorrerá por livre demanda; contudo, com o aumento da procura, a intenção é que as consultas passem a ser agendadas pela regulação municipal.
De acordo com o infectologista, exames laboratoriais básicos, quando necessários em caráter de urgência, serão realizados no próprio Hospital de Rorainópolis.
Ele acrescentou que exames especializados — como carga viral, CD4, CD8 e sorologias — continuarão sendo coletados em Boa Vista, no Lacen-RR (Laboratório Central de Roraima).
“À medida que o serviço se consolidar, buscaremos um fluxo para enviar as amostras de Rorainópolis ao Lacen-RR. Isso facilitará o acompanhamento de pacientes crônicos com HIV/AIDS na região Sul do Estado e de outras condições que exigem monitoramento, como as hepatites”, afirmou Joel Gonzaga.