Agentes de segurança de Roraima atendem mais de 46 mil pessoas e efetuam 230 detenções

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secretaria carla rodrigues ascom sesp

Entre 1º de agosto e 4 de setembro, o Governo de Roraima, coordenado pela Secretaria da Segurança Pública e com apoio e parceria das demais forças de segurança, incluindo Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militares, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Estadual de Trânsito, prefeituras municipais e sociedade civil, participou ativamente da Operação Shamar 2025, uma iniciativa nacional de combate à violência contra a mulher, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

A Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública, responsável pela operação, destacou que, em âmbito nacional, a Operação Shamar resultou na realização de 12.207 prisões e no atendimento a 81.368 vítimas de violência doméstica e familiar.

No mesmo período, foram monitoradas 53.188 medidas protetivas de urgência, e as ações resultaram na apreensão de 2,5 toneladas de drogas, 632 armas de fogo, 11.902 munições e 648 armas brancas, retirando de circulação instrumentos utilizados em crimes de violência doméstica. O balanço das atividades foi divulgado na última terça-feira, dia 9, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Resultados em Roraima

Durante pouco mais de um mês de ações no Estado, os órgãos de segurança e instituições parceiras mobilizaram ao todo 145 agentes de segurança pública, além de 112 profissionais de entidades parceiras, empregando 46 viaturas e 43 veículos de apoio.

O trabalho levou ao alcance de 46.475 pessoas por meio de palestras, rodas de conversa, distribuição de panfletos e ações educativas digitais. Também foram apreendidas 17 armas, entre espingardas, armas brancas e uma arma artesanal, além da realização de 230 prisões, sendo 98 em flagrante, 17 por mandado de prisão preventiva, 5 civis e 110 suspeitos conduzidos.

A operação contabilizou ainda 101 exames periciais em casos de lesão corporal e violência sexual e 1.334 procedimentos policiais registrados, incluindo 475 boletins de ocorrência na Polícia Civil, 475 na Polícia Militar, 256 medidas protetivas solicitadas e 92 inquéritos finalizados. Durante as ações, 390 vítimas foram atendidas diretamente em diligências e iniciativas de apoio.

Além das apreensões, a operação deu prioridade a atividades de prevenção e sensibilização, essenciais no combate à violência de gênero. Entre as mobilizações realizadas destacaram-se o Dia D da Operação Shamar em Caracaraí (07/08); a Caminhada pelo Fim da Violência contra a Mulher em Rorainópolis (21/08); e a 1ª Corrida Agosto Lilás em Boa Vista (30/08). Esses eventos reuniram órgãos públicos e sociedade civil em uma agenda de fortalecimento da rede de apoio e incentivo à denúncia.

De acordo com a secretária da Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública), Carla Jordanna Rodrigues, apesar da Operação Shamar ter sido oficialmente encerrada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, as ações de combate à violência contra a mulher continuarão sendo realizadas no Estado.

“Em breve, uma equipe seguirá para a região do baixo Rio Branco, visitando comunidades ribeirinhas e indígenas, com o objetivo de promover palestras de sensibilização sobre o tema, uma preocupação crescente para gestores em todo o país diante do aumento expressivo desses crimes”, afirmou.

Carla ressaltou ainda que as ações da Operação Shamar, desenvolvidas em agosto no Estado, alcançaram resultados relevantes, chegando a cerca de 50 mil pessoas por meio de palestras e campanhas educativas.

“Houve várias prisões, com cumprimento de mandados de busca e prisão de infratores, além da aplicação de medidas protetivas. No total, foram mais de 250 medidas protetivas expedidas pelo Judiciário, garantindo maior segurança e amparo às mulheres. Os números são expressivos e, para assegurar essa proteção contínua, decidimos manter as ações integradas entre as forças de segurança durante todo o ano. Com isso, temos certeza de que conseguiremos reduzir ainda mais os índices de violência contra a mulher em nosso estado”, concluiu.

A iniciativa

O nome “Shamar”, de origem hebraica, significa cuidar, guardar, proteger, vigiar e zelar, traduzindo a missão da ação. As atividades desenvolvidas pelas forças de segurança reafirmam o compromisso do Governo do Estado e das instituições parceiras em proteger as mulheres e combater todas as formas de violência doméstica e familiar. Em Roraima, os resultados comprovam a eficácia das atuações integradas e a importância do engajamento da sociedade no enfrentamento desse problema.

Canais de denúncia

O Governo de Roraima reforça a importância de denunciar casos de violência contra a mulher. Em situações de risco imediato, a vítima ou testemunhas devem acionar o 190 ou procurar uma delegacia especializada.

Outra alternativa é o Ligue 180, Central de Atendimento à Mulher do Ministério das Mulheres, que disponibiliza escuta qualificada, orientação e acolhimento. O serviço é gratuito, funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, e pode ser acionado por vítimas ou qualquer pessoa que tenha conhecimento da violência.

As denúncias fortalecem a rede de proteção e contribuem para a responsabilização dos agressores.

 

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