O Governo de Roraima deu mais um passo significativo na melhoria da saúde pública estadual. Na manhã desta quarta-feira, 25, a equipe do HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento) realizou uma cirurgia cardíaca de urgência utilizando a técnica de videotoracostomia.
Anteriormente, esse procedimento exigia a abertura lateral do peito do paciente. Com a nova técnica, foram realizadas apenas três pequenas perfurações para a cirurgia.
A cirurgiã cardiovascular do HGR, Paula Lago, ressalta que essa abordagem representa um avanço significativo no tratamento de pacientes com acúmulo de líquido ao redor do coração.
“Nossa equipe realizou hoje um procedimento que antes necessitava de um corte na lateral do peito. Utilizamos uma técnica minimamente invasiva com alguns cortes e acesso a uma câmera, o que nos permitiu alcançar a área cardíaca e torácica sem a necessidade de uma grande incisão”, explicou a especialista.
Denominada janela pleuropericárdica, essa cirurgia é especialmente indicada para casos de derrame pericárdico recorrente, pericardite relacionada a câncer, tamponamento cardíaco ou para alívio de sintomas compressivos.
Por meio de uma abertura entre o pericárdio, a membrana que envolve o coração, e a pleura, que envolve o pulmão, o líquido é drenado de forma segura, aliviando os sintomas e minimizando riscos ao paciente.
“Esse procedimento, geralmente, é realizado em situações de urgência, seja para biópsias, para aliviar o líquido que pode estar pressionando o coração, ou para investigar sangramentos, infecções, câncer e tuberculose. Estamos progredindo na medicina em Roraima, trazendo o que há de mais moderno e inovador em tecnologia e cardiologia”, destacou Paula.
Entenda o procedimento
A técnica é realizada com o auxílio de uma câmera e instrumentos específicos, o que reduz consideravelmente a dor no pós-operatório e permite uma recuperação acelerada.
“Utilizando pinças específicas e uma câmera, conseguimos tratar o paciente de maneira menos invasiva, proporcionando uma recuperação mais rápida, com menos dor e um retorno às atividades anterior à alta hospitalar de forma mais ágil”, complementou a especialista médica.