Renato Queiroz aciona Justiça alegando fraude e ausência de publicidade em assembleias da entidade; disputa escancara crise interna na gestão do tênis estadual.
O clima esquentou nos bastidores do esporte em Roraima. O vice-presidente da Federação Roraimense de Tênis e Beach Tennis (FRRTBT), Renato Queiroz, ingressou com uma ação na Justiça denunciando irregularidades nas eleições e assembleias da entidade. Segundo o dirigente, as reuniões vêm sendo realizadas de forma secreta, sem publicidade prévia e com ausência de participação da maioria dos filiados.
No pedido protocolado, Renato solicita a anulação das assembleias realizadas nos últimos meses, além do afastamento imediato do atual presidente, cuja identidade ainda não foi divulgada publicamente no processo. O vice alega que os atos administrativos não estão respeitando os princípios de transparência, publicidade e legalidade, previstos tanto no estatuto da Federação quanto na legislação federal que rege entidades esportivas.
“A entidade está sendo conduzida como um clube privado, sem prestação de contas, sem editais de convocação e com decisões tomadas em círculos fechados. Isso compromete o crescimento do esporte e afasta atletas e clubes da base”, afirmou Renato em nota enviada à imprensa.
A crise interna ganhou repercussão após membros de clubes e praticantes de tênis e beach tennis relatarem dificuldades de acesso às informações da Federação, como calendário oficial, atas de reuniões e critérios para filiação e participação em campeonatos.
O que está em jogo?
A FRRTBT é a entidade responsável por organizar campeonatos estaduais, registrar atletas, homologar rankings e representar Roraima em competições nacionais. Também é a ponte entre os clubes locais e a Confederação Brasileira de Tênis (CBT).
A possível ilegitimidade da atual diretoria coloca em xeque a validade de torneios, a representação estadual em eventos oficiais e até o reconhecimento da Federação perante órgãos esportivos nacionais.
E agora?
O processo corre na Justiça Estadual, e o juiz responsável deverá decidir nas próximas semanas sobre o pedido liminar de afastamento. A defesa do atual presidente ainda não se manifestou oficialmente.
Caso a Justiça reconheça as irregularidades, a Federação poderá ser obrigada a convocar novas eleições transparentes, sob acompanhamento judicial.