Na última terça-feira, 22 de agosto, a Coordenação Geral de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria de Saúde) promoveu um curso dedicado ao Diagnóstico Clínico, Epidemiológico e Laboratorial da Febre Maculosa. O objetivo principal dessa ação foi capacitar os profissionais de saúde para que possam identificar e responder rapidamente a possíveis casos da doença em Roraima.
O curso foi projetado para fortalecer a capacidade das unidades públicas de saúde nas áreas vulneráveis ou que já apresentaram casos suspeitos.
Ingrid Albuquerque Gomes, responsável pelo Núcleo de Controle Estadual de Zoonoses, destacou a relevância desse treinamento na preparação dos profissionais para eventuais emergências.
“Este programa abrange temas relacionados ao diagnóstico e tratamento; por isso médicos, enfermeiros e técnicos laboratoriais estão sendo treinados”, afirmou Ingrid.
Entre julho de 2024 e abril deste ano foram registrados em Roraima um total de 16 notificações relacionadas à febre maculosa; desses casos, oito foram descartados como negativos para a doença enquanto um foi confirmado e outro aguarda resultados laboratoriais com seis outros ainda sob análise mas apresentando evolução positiva.
A enfermeira Taciane de Sousa que atua na Atenção Básica do município Bonfim enfatizou o impacto positivo dessa formação no atendimento às comunidades indígenas locais.
“Essa capacitação é extremamente relevante para nós que estamos na linha frente do atendimento à saúde; ela nos permite esclarecer dúvidas frequentes que surgem nas comunidades”, destacou Taciane.
Taciane também mencionou que a comunidade indígena Alto Arraia tem apresentado uma maior incidência dos sintomas associados à febre maculosa devido ao aumento significativo da população de carrapatos nas áreas residenciais.
“Estamos observando uma prevalência alarmante dos sintomas relacionados à febre maculosa nesta comunidade indígena devido ao elevado número desses parasitas”, concluiu Taciane.
A FEBRE MACULOSA
A febre maculosa é uma infecção provocada por bactérias do gênero Rickettsia e é transmitida principalmente pelo contato com carrapatos infectados.
A detecção precoce desta enfermidade é vital para evitar complicações graves e salvar vidas; portanto treinamentos como este são fundamentais dentro da rede pública estadual
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