PRESIDENTE DA CNA AFIRMA QUE É ESSENCIAL ‘OUVIR AQUELAS ELES QUE PRODUZEM, CUIDAM E NOURRITEM O PLANETA’ – Roraima Agro Show

João Martins abriu a COP 30 Farmers Summit, realizada na sede da CNA, na quinta-feira (6)

Brasília (06/11/2025) – Durante sua abertura da COP 30 Farmers Summit, o presidente da CNA, João Martins, destacou que a entrada da Confederação na Organização Mundial dos Agricultores (OMA) representa um “passo estratégico para os produtores rurais brasileiros”.

O evento, que ocorreu na quinta-feira (6) no auditório da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), reuniu agricultores, líderes globais, entidades internacionais e diretores do Sistema CNA/Senar para discutir o papel da agropecuária nas soluções climáticas, considerando as realidades locais.

Organizado pela OMA (WFO em inglês), o evento conta com mais de 80 entidades globais representando agricultores em mais de 55 países, visando discutir e criar ações voltadas à produção de alimentos e à sustentabilidade.

“Estar integrado à maior entidade de representação privada de agricultores e pecuaristas do mundo nos permite conectar e dialogar com nossos colegas produtores”.

João Martins afirmou que a primeira cúpula global de agricultores no Brasil acontece em um momento crucial para o futuro do planeta. Enquanto líderes mundiais se reúnem em Belém para a COP 30, “juntamos aqui em Brasília produtores de diversas nações para reafirmar seu papel como protagonistas da ação climática”.

“É tempo de ouvir quem está na linha de frente, quem produz, preserva e alimenta o planeta. A agropecuária brasileira é uma parte vital da solução. Operamos com responsabilidade, ciência e inovação, unindo produção e conservação.”

Referências –  O presidente da CNA destacou que o Brasil é um líder em tecnologias de baixo carbono, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, recuperação de pastagens e manejo eficiente dos recursos naturais, mas é “essencial que o mundo reconheça a singularidade da agricultura tropical”.

Segundo João Martins, o setor agro precisa de políticas, financiamentos e métricas que reconheçam e respeitem “nossas circunstâncias” e assegurem uma transição justa, sem penalizações comerciais unilaterais.

“Defendemos o fortalecimento do multilateralismo e um comércio internacional que valorize quem produz com responsabilidade. É através do diálogo entre as nações que construiremos soluções equilibradas. Um diálogo que envolva não apenas governos, mas também atores privados”, declarou.

O presidente da CNA concluiu seu discurso ressaltando que o encontro das lideranças globais do agro na CNA é um “chamado à ação”. “É um convite para que agricultores e pecuaristas de diferentes países unam suas vozes na busca de soluções para garantir a segurança alimentar e enfrentar as mudanças climáticas”, afirmou João Martins.

Esforços –  Também durante a abertura, o presidente da OMA, Arnold Puech d’ Alissac, destacou os esforços da organização e dos produtores rurais em todo o mundo para mitigar as mudanças climáticas, investindo em tecnologias que possibilitam um melhor uso das terras e florestas como sequestradores de carbono.

“Nós, agricultores, estamos contribuindo para o esforço global no combate às mudanças climáticas, adotando práticas regenerativas e agroecológicas e utilizando melhor as terras e florestas como sumidouros de carbono, por meio do plantio direto e da agrofloresta.”

No entanto, enfatizou, os governos devem manter seu compromisso em questões climáticas, que são vitais para o setor agrícola global. “Para alcançarmos nossos objetivos climáticos, o mundo precisa dos agricultores”, afirmou.

Compromisso – O diretor-geral adjunto do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Lloyd Day, ressaltou o papel do Brasil não apenas como produtor e fornecedor de alimentos globais, mas também como provedor de biocombustíveis e fontes de energia renovável.

Ele reforçou o compromisso do país com a sustentabilidade, afirmando que o Brasil alimenta e continuará alimentando o mundo. Além disso, destacou a necessidade de reconhecer o verdadeiro papel da agricultura no combate às mudanças climáticas.

“Se não fossem os agricultores, enfrentaríamos muitos desafios. A agricultura não é o vilão, mas sim a solução para os problemas climáticos, pois ajuda a reduzir a emissão de carbono”, disse ele.

Tecnologias –  O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, comentou que a produção sustentável é fundamental para o comércio e destacou que, graças a tecnologias sustentáveis, o Brasil aumentou significativamente sua produtividade nas últimas décadas.

Assim, completou, é essencial conquistar mercados para absorver toda essa produção crescente.

Ciência – Representando a presidente da Embrapa, Sílvia Massruhá, o assessor-chefe do órgão, Daniel Trento, lembrou da importância da ciência e inovação, afirmando que com a criação da Embrapa e o suporte de uma ampla rede de pesquisas, o país promoveu a adaptação e o desenvolvimento agrícola com a correção de solos e uma transformação significativa na produção.

Nesse contexto, fatores como ciência, investimento e a figura do produtor rural foram decisivos. “Sem crédito e financiamento, a ciência não se aplicaria. Mas sem o produtor rural, disposto a enfrentar os desafios de produzir em regiões como o Cerrado, esse progresso não seria possível.

Assessoria de Comunicação CNA

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