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Plantão Central Especializado presta mais de 3 mil atendimentos a mulheres em situação de violência.

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A PCRR (Polícia Civil de Roraima) comemora, nesta terça-feira, 22, o primeiro ano de atividade do PCE (Plantão Central Especializado) ou Plantão Central II, dedicado ao atendimento de vítimas de violência doméstica, familiar e sexual. Localizado na sede da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), na Casa da Mulher Brasileira, o Plantão já contabiliza mais de 3.200 atendimentos, se firmando como um dos principais mecanismos para enfrentar a violência de gênero no estado.

Segundo a Delegada-Geral da Polícia Civil, Darlinda de Moura Viana, a unidade opera 24 horas por dia, todos os dias da semana, proporcionando atendimento humanizado e técnico às mulheres que buscam proteção e justiça em momentos de vulnerabilidade extrema.

“Desde sua criação, a unidade tem se estabelecido como um marco no combate à violência contra a mulher no estado. A violência doméstica não respeita horários. A mulher que sofre agressões à noite ou que chega desesperada em um domingo necessita de um atendimento imediato, digno e acolhedor. O Plantão Central Especializado oferece essa resposta. E hoje, um ano depois, é uma política pública consolidada, que promove mudanças significativas,” destacou Darlinda Viana.

O serviço é liderado pela delegada Francilene Lima Hoffmann de Vargas e conta com uma equipe formada por delegadas, escrivães e agentes preparados para lidar com casos de violência de forma empática, firme e profissional.

A delegada descreve o plantão como mais do que uma estrutura policial: “É uma trincheira de proteção, acolhimento e reconstrução”. Para ela, coordenar o Plantão Central Especializado é, acima de tudo, um ato de empatia e responsabilidade.

“Em um ano, lidamos com milhares de histórias que chegam até nós carregadas de medo, dor e incerteza. Nosso dever é transformar esses sentimentos em coragem, proteção e justiça. O plantão é mais do que uma estrutura da Polícia Civil; é um espaço onde reafirmamos, a cada dia, que nenhuma mulher está sozinha,” ressaltou.

Ao longo do primeiro ano de atividades, os números refletem o impacto direto da unidade, de acordo com Francilene de Vargas. Foram registrados 3.260 boletins de Ocorrências que resultaram em uma série de procedimentos: 2.365 medidas protetivas de urgência solicitadas pelas vítimas e encaminhadas ao Judiciário; 846 autos de prisão em flagrante; 15 termos circunstanciados de ocorrência e quatro autos de apreensão em flagrante por ato infracional, além de 81 mandados de prisão cumpridos.

“No entanto, mais do que dados, cada atendimento carrega uma história de dor, coragem e frequentemente, recomeço. O plantão auxilia vítimas na retirada de pertences, realiza visitas ao Instituto de Medicina Legal, diligências ao fórum e acolhe denúncias que, em muitas ocasiões, representam a única saída para uma mulher em situação de risco iminente,” detalhou a delegada.

O diretor do DPE (Departamento de Polícia Especializada), delegado Marcus Albano, caracteriza a criação do plantão como um divisor de águas na política de segurança pública do estado:

“A implementação do Plantão Central foi um marco para a atuação da Polícia Civil. Os resultados falam por si: é uma estrutura que salva vidas. É a presença do Estado onde antes havia silêncio. Reiteramos nosso compromisso de manter essa estrutura fortalecida, com equipes capacitadas e infraestrutura adequada, pois sabemos que o atendimento imediato pode fazer a diferença entre a vida e a morte para muitas mulheres,” afirmou.

A atuação do Plantão Central Especializado, segundo a Delegada-Geral da Polícia Civil de Roraima, também traz alívio para as outras forças de segurança e para o sistema de justiça, ao agilizar registros e encaminhamentos em tempo real, garantindo maior eficiência no trâmite processual e no atendimento humanizado às vítimas.

“Com um ano de operação, o Plantão Central Especializado não apenas preenche uma lacuna histórica, mas se tornou um símbolo da luta contra a violência de gênero em Roraima. Seus resultados demonstram que, quando o Estado se faz presente de forma contínua e comprometida, pode ser um instrumento de transformação social,” concluiu Darlinda Viana.

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