Fluminense e Chelsea protagonizaram um jogo equilibrado na maior parte do tempo até que o brasileiro João Pedro marcou dois belíssimos gols. A maior qualidade individual do time inglês prevaleceu na vitória por 2 a 0. Entre os principais jogadores do Chelsea estão um equatoriano (Caicedo), um argentino (Enzo) e um brasileiro (João Pedro). O grande destaque do Fluminense é o colombiano Arias. Isso evidencia a qualidade individual dos jogadores sul-americanos.
Os times brasileiros, liderados pelo Fluminense, que era o menos cotado antes do Mundial, apresentaram um desempenho melhor do que o previsto, o que fortalece a qualidade do nosso futebol. Mas sem exageros.
PSG e Real Madrid, as duas melhores equipes do Mundial, se enfrentam nesta quarta (9) na outra semifinal. Na prancheta, as duas devem apresentar a mesma formação tática, com uma linha de quatro defensores, um trio no meio-campo e três jogadores mais avançados.
Há pequenas diferenças. Enquanto o PSG joga com dois pontas e um atacante central, o Real Madrid utiliza um meia ofensivo, Bellingham, à frente dos três meio-campistas. Vinicius Junior tem jogado mais aberto pela esquerda do que sob o comando de Ancelotti. Ambas as equipes jogam com um trio no meio-campo, onde os três marcam, organizam as jogadas e chegam ao ataque.
O futebol evoluiu, se tornou mais rápido e intenso. PSG, Real Madrid e outras equipes de todos os continentes alternam a maneira de jogar de acordo com o momento e o adversário. Alternam entre marcação por pressão e marcação mais recuada, mudanças rápidas da defesa para o ataque com passes curtos e o controle da bola, além de momentos de aceleração contrastando com pausas.
Assim é a vida: inspiração e transpiração, tempo para realizar e para refletir, ousadia e prudência. Por outro lado, existe o exagero, um delírio tático, achar que tudo o que acontece em um jogo é estratégico.
Enquanto os EUA e o mundo do futebol celebram o Mundial de Clubes, ocorre no país, em Texas, uma enorme tragédia com a morte de mais de cem pessoas, adultos e crianças, devido às enchentes. Os chamados alarmistas do clima têm razão.
Mesmo com as dificuldades de obtenção de vistos para entrar nos EUA, a média de público tem sido boa devido ao grande número de latinos que vivem no país e porque os americanos, cada vez mais, apreciam o nosso futebol. O calor extremo e os atrasos nas partidas por conta do risco de tempestades e raios podem se tornar problemas mais sérios na Copa do Mundo de seleções em 2026.
O grande mesa-tenista brasileiro Hugo Calderano, por ter ido a Cuba disputar um torneio classificatório para as Olimpíadas de Paris, não teve autorização para participar de uma importante competição nos EUA. Isso me lembra de um problema que vivi no país americano.
Em 1971, o Cruzeiro fez uma excursão pelo mundo. Jogamos em Washington e viajamos para Monterrey, no México, muito perto de Houston, no Texas. No dia seguinte, peguei um avião para Houston, onde tinha sido operado do olho em 1969, para uma revisão com o saudoso médico e amigo Roberto Moura.
Ao descer no aeroporto de Houston, não pude entrar no país, pois havia saído dos EUA e o visto não me dava o direito de retornar. Fiquei detido em uma sala durante várias horas até conseguir embarcar de volta para Monterrey.
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