Embora a ausência de diversos clubes e da Federação Paulista na eleição de Samir Xaud para a CBF tenha sido interpretada como um problema, vejo isso como um indicativo de maturidade e esperança. A unanimidade em processos eleitorais raramente é uma virtude; muitas vezes encobre acordos silenciosos e faltas de debate.
A discordância, por sua vez, fortalece a vigilância. Com um cenário mais exigente, a nova gestão da CBF precisa agir com responsabilidade, transparência e compromisso com suas promessas. O espaço para erros e retrocessos tornou-se escasso.
Essa nova gestão, composta por figuras que se afastaram das administrações anteriores e novas lideranças regionais, representa uma oportunidade real de romper com práticas antigas. Regiões do futebol brasileiro ganham voz, o que é essencial. Esse grupo pode ser o responsável por inaugurar uma nova cultura de governança no futebol: mais ética, profissional e alinhada aos interesses reais do esporte. Essa foi a promessa de Samir em sua primeira declaração como presidente.