Nesta sexta-feira, 8, a Escola Municipal Cunhatã Curumim, localizada no bairro Buritis, lançou o projeto “Macunaimando na Educação Infantil: A Árvore do Conhecimento através dos Saberes Tradicionais e da Literatura Roraimense”, em homenagem ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, que é comemorado no dia 9 de agosto.
“A escola tem origem indígena. Essa abordagem está inclusa no currículo. Temos muitas crianças indígenas e o projeto surgiu para que possamos explorar e valorizar as diferentes etnias com os pequenos”, afirmou a gestora Rosângela dos Prazeres, destacando a importância de integrar a literatura indígena nas salas de aula desde a infância.
No evento de lançamento, a contação de histórias da escritora, poeta e professora, Sony Ferseck, foi o destaque. Em um momento de aprendizado, ela apresentou seu primeiro livro infantil, “Susui”. A obra explora a importância da macaxeira na vida e na cultura dos povos indígenas, com enfoque no afeto e nos saberes ancestrais.
“Susui é uma homenagem às avós, às mulheres indígenas e à ‘Vovó Macaxeira’, que sempre está presente em nosso cotidiano, seja na comida, na bebida, e muitas vezes nem percebemos. A ideia é que as crianças reconheçam a importância dessas figuras: as avós e a macaxeira, que nutrem não apenas o corpo, mas também o coração, a cultura e essa nova geração”, explicou.
Antônio Lima, de 4 anos, estava ansioso pelo momento e, após conhecer o trabalho da escritora, não poderia ter outra reação. “Eu gostei muito da história da tia. Lembrei da minha avó, que mora em Pacaraima. Ela faz comidinhas para mim”, contou Antônio Lima.
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Oficinas que celebram o corpo, a cor e o jogo como formas de saber
Durante a tarde, o aprendizado será enriquecido com tintas, dança, grafismos e jogos. Acadêmicos do curso de Licenciatura Intercultural da UFRR, integrantes do PIBID Equidade, conduzirão oficinas que encantam e ensinam ao mesmo tempo.
O encerramento será marcado pela Roda de Prosa, com Paulo Tadheu, jornalista, escritor, professor e produtor cultural. Os alunos serão convidados a escrever, ouvir, pintar e sentir a cultura popular.
Fonte: Prefeitura de Boa Vista – RR
