O Ierr (Instituto de Educação de Roraima) lançou recentemente o projeto Povos Originários Conectados: Cidadania e Inclusão Digital, uma iniciativa inovadora voltada para levar cursos de informática às comunidades indígenas do Estado.
Com uma metodologia diferenciada e respeitando as particularidades culturais e territoriais de cada grupo, os cursos adotam um modelo de ensino híbrido, que combina tecnologia, estudo dirigido e encontros presenciais, assegurando formação de qualidade através de práticas dinâmicas e conteúdos acessíveis.
A proposta visa capacitar jovens e adultos indígenas das Escolas Estaduais Indígenas, promovendo inclusão digital com sustentabilidade social, conforme explicou a consultora técnica pedagógica do Ierr, Rosângela Viana.
“O projeto atende às necessidades das comunidades indígenas, propondo metodologias para o desenvolvimento de competências digitais para jovens e adultos nas escolas estaduais indígenas, focando no exercício completo da cidadania por meio da inclusão digital com sustentabilidade social, respeitando as especificidades étnicas e territoriais de cada grupo”, destacou.
A certificação é concedida ao final de cada curso, que conta com uma carga horária de 60 horas. As formações disponíveis são:
– Informática Básica
– Informática Intermediária
– Informática Avançada
– Montagem e Configuração de Computadores
– Produção Audiovisual Mobile
– Programação em PHP Básico
– Programação em PHP Intermediária
– Programação em PHP Avançada
As primeiras comunidades beneficiadas incluem a Alto Arraia, no município de Bonfim, e Raimundão, em Alto Alegre. Antes do início dos cursos, o Ierr realizou uma escuta qualificada com os residentes locais, para alinhar os conteúdos e adaptar toda a logística às realidades regionais.
“Cada curso tem uma duração de 60 horas, e ao final de cada um, é emitida uma certificação, o que contribuirá para a validação das habilidades e aumentará a empregabilidade e o desenvolvimento profissional dos moradores dessas comunidades”, enfatizou.
A equipe técnica pedagógica do programa acompanha os formadores em todo o processo, realizando diagnósticos, planejamentos e avaliações, em adição a intervenções pedagógicas sempre que necessário.
A ação está alinhada com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), em particular o Objetivo 4, que aborda a educação inclusiva e equitativa.
“Somos signatários do movimento Nacional dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e é importante destacar que o projeto está diretamente vinculado ao ODS 10, que se concentra na redução das desigualdades, proporcionando empoderamento e promovendo inclusão social, econômica e política para todos, independentemente de idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica e outros aspectos,” finalizou a consultora.