O Governo de Roraima, em parceria com o Sebrae-RR e a Faerr/Senar (Federação da Agricultura e Pecuária de Roraima), realizou, nesta sexta-feira, 7, a entrega do 1º Prêmio AgroInventor de Roraima, uma iniciativa que reconhece projetos de inovação e tecnologias direcionadas ao agronegócio e à agricultura familiar.
A premiação faz parte da programação da 44ª Expoferr Show 2025, no Parque de Exposições Dandãezinho, e tem por objetivo estimular a criatividade e o desenvolvimento de soluções que tornem o trabalho no campo mais eficiente e aumentem a produtividade.
Cinco projetos foram selecionados por meio de edital. Os três primeiros colocados receberam prêmios em dinheiro, totalizando R$ 10 mil: R$ 5 mil para o 1º lugar, R$ 3 mil para o 2º e R$ 2 mil para o 3º.
A ação foi idealizada pela Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação (Seadi), com apoio e participação da Faerr/Senar e do Sebrae-RR.
“A invenção surge a partir da necessidade. Temos diversas criações locais que demonstram a capacidade do roraimense de inovar. Essa é uma diretriz do governador Antonio Denarium, que apoia eventos como a Expoferr e fomenta oportunidades para nossa população”, destacou o secretário de Agricultura, Márcio Grangeiro.
O presidente da Faerr, Sílvio de Carvalho, ressaltou a relevância do prêmio e o compromisso das instituições parceiras.
“O AgroInventor nasceu a partir de uma iniciativa do Governo de Roraima e contou com o apoio de entidades como o Senar e o Sebrae. Foi um sucesso, e surgiram ideias com potencial para transformar o agronegócio do estado”, afirmou.
Projetos premiados
O 1º lugar foi concedido a Francisco Edivan, autor de uma máquina para debulhar feijão verde — um equipamento pensado para acelerar a colheita, hoje realizada em grande parte de forma manual.
“É uma grande satisfação participar deste evento. Aprendi muito com outros participantes e pretendo levar minha invenção ao mercado para auxiliar os produtores a melhorar sua produção”, afirmou Edivan.
O 2º lugar ficou com a startup Agramas de Desenvolvimento e Tecnologia, representada pelo CEO Carlos Coutinho, que desenvolveu um equipamento capaz de colher açaí diretamente do pé, eliminando a necessidade de o produtor subir na árvore.
“Nosso equipamento permite a colheita à distância. O operador permanece seguro no solo enquanto o cacho é cortado e trazido ao chão. Isso aumenta a produtividade e reduz os riscos”, explicou Coutinho.
O 3º lugar foi para a estudante de Agronomia Ana Ferreira, idealizadora do projeto Biomissomos, que propõe o uso de ovos de crisopídeos no controle biológico de pragas do feijão‑caupi.
“É a continuidade de um trabalho iniciado em 2023. Desenvolvemos um produto natural que substitui inseticidas e realiza um controle eficaz. Foram dez meses de dedicação, e é muito gratificante receber esse reconhecimento”, destacou Ana.


