Governo de Roraima celebra parceria com empresa para apoiar mulheres vítimas de violência doméstica

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O Governo de Roraima assinou, nesta quarta-feira, 17, um Termo de Cooperação Técnica com a 99 para disponibilizar transporte seguro a mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que precisem se deslocar para acessar serviços da rede pública. A ação, coordenada pela Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública), prevê a entrega de vouchers de transporte.

Segundo a secretária da Segurança Pública, Carla Jordanna Rodrigues, o apoio será oferecido às vítimas que não têm condições de se locomover até delegacias ou outras unidades de atendimento.

“Esse acordo nos possibilita realizar um atendimento mais humanizado a mulheres que se encontram fragilizadas e, muitas vezes, sem suporte em um momento extremamente delicado. Em várias situações, elas não dispõem de condições físicas, financeiras ou emocionais para dirigir ou solicitar transporte por conta própria”, afirmou.

A Sesp ficará responsável pela operacionalização do serviço, que será implantado inicialmente em Boa Vista. A previsão é ampliar a iniciativa posteriormente para municípios do interior, especialmente nas áreas com maior incidência de crimes contra a mulher.

A 99 mantém o programa 99 Mais Mulheres, voltado à segurança e ao empoderamento feminino. Entre as soluções oferecidas está o botão 99Mulher, que possibilita que motoristas parceiras aceitem exclusivamente corridas solicitadas por passageiras mulheres. Irina Cezar, diretora de Relações Governamentais da empresa, ressaltou o comprometimento com a segurança feminina.

“A 99 tem um compromisso inegociável com a segurança e desenvolve ações contínuas para proteger as mulheres. Essa parceria com o Governo de Roraima representa mais um passo na oferta de acolhimento, proteção e autonomia durante os deslocamentos”, declarou.

Humanização no combate à violência doméstica

A delegada‑geral da PCRR (Polícia Civil de Roraima), Darlinda de Moura, destacou a relevância da Cabine Lilás como instrumento fundamental para assegurar o deslocamento seguro e o acolhimento das vítimas.

“Com esse projeto, garantimos o transporte seguro dessas mulheres, tanto na ida quanto no retorno, com o Estado presente e disponibilizando os meios necessários para que elas busquem ajuda com proteção, seja nas delegacias especializadas ou em qualquer unidade policial”, avaliou.

A juíza Suelen Márcia Silva Alves, titular do 1º Juizado Especializado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, também ressaltou o caráter humanizado da ação. “A Cabine Lilás vai além da segurança: é um apoio essencial no enfrentamento da violência contra a mulher, agregando humanidade, respeito e mais garantias às vítimas em seus momentos de maior vulnerabilidade”, afirmou.

O comandante‑geral da Polícia Militar de Roraima, coronel Overlan Lopes, enfatizou a integração entre as forças de segurança. “Ao ser acionado, o motorista estará preparado para conduzir a vítima com segurança até a delegacia ou outro ponto de atendimento, garantindo também a proteção de seus filhos. Assim, demonstramos que o Estado está apto a acolher e proteger essas mulheres.”

As instituições públicas que compõem a rede de atendimento e proteção à mulher poderão solicitar as corridas por meio do CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) da Sesp, pelos canais 190 (Polícia Militar), 193 (Corpo de Bombeiros), 197 (Polícia Civil) e 180 (Disque Denúncia do Governo Federal).

Capacitação garante atendimento qualificado

Para garantir a correta operacionalização do serviço, a Sesp realizou treinamento específico para operadores do CICC e para os motoristas parceiros da 99 que aderiram à iniciativa. A formação abordou o fluxo de atendimento, os procedimentos de acionamento das corridas e as condutas adequadas durante o transporte de mulheres em situação de vulnerabilidade, com foco no acolhimento, respeito e segurança.

Como parte da capacitação, foi ministrada uma palestra pela delegada Dra. Gabriella Paulain, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), com o tema “Violência contra a Mulher”, que tratou dos diferentes tipos de violência, de seus agravantes e da importância de uma atuação sensível, responsável e integrada por parte dos profissionais envolvidos.

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