O Governo do Estado, através da Faperr (Fundação de Amparo à Pesquisa de Roraima), divulgou os resultados da Chamada Pública Agroambiental. A cerimônia ocorreu nesta segunda-feira, dia 1º, na reitoria da UFRR (Universidade Federal de Roraima).
A iniciativa evidenciou 12 projetos científicos focados no desenvolvimento sustentável da agricultura familiar e indígena, visando enfrentar os impactos das mudanças climáticas no estado.
Serão investidos R$ 2,1 milhões no total, dos quais R$ 516 mil serão destinados ao custeio das pesquisas e R$ 1,59 milhão ao pagamento de bolsas para pesquisadores, estudantes e egressos que farão parte das equipes. Cada projeto poderá receber até R$ 175,6 mil.
De acordo com o presidente da Faperr, Pedro Cerino, os projetos fazem parte do Pro-Solos (Programa de Conservação de Solos e Potencialidades Regionais), que prioriza estudos sobre manejo do solo, segurança alimentar, saúde animal, manejo de pastagens e monitoramento ambiental.
“Dentre os temas principais estão o desenvolvimento de sistemas de produção de baixo carbono, estratégias para prevenção de incêndios florestais, combate a pragas agrícolas e monitoramento do lençol freático em áreas de cultivo de grãos”, destacou.
O secretário da Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação), Márcio Grangeiro, também comentou a iniciativa.
“O Governo de Roraima está estruturando o Plano Roraima 2030, onde o Eixo de Desenvolvimento Sustentável atua como pilar estratégico para integrar políticas públicas que promovam o equilíbrio econômico e ambiental do estado”, afirmou.
Segundo ele, o objetivo é fortalecer setores-chave do agronegócio para torná-los mais competitivos e conectados ao mercado global.
“Nesse contexto, a Faperr desempenha papel fundamental, viabilizando pesquisas e soluções inovadoras que geram resultados concretos para o desenvolvimento sustentável”, reforçou o secretário.
A execução dos projetos terá prazo máximo de 12 meses. O edital prevê bolsas mensais de R$ 2,5 mil para coordenadores, R$ 1,8 mil para pesquisadores, R$ 1,5 mil para egressos e R$ 750 para estudantes de graduação.
Cerino enfatizou que os projetos buscam fortalecer a ciência regional e aproximar pesquisadores dos agricultores familiares e indígenas.
“Assim, queremos transformar conhecimento científico em soluções práticas, aumentando a produtividade e preservando nossos recursos naturais”, finalizou o presidente da Faperr.
Além da UFRR e da Seadi, os projetos contam também com o apoio do Corpo de Bombeiros, Embrapa, Polícia Militar, Iater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural) e Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos).
