A equipe de robótica do Centro Municipal de Inovação (CMI), de Boa Vista, conquistou o primeiro lugar na classificação geral do torneio FIRST LEGO League Challenge (FLL) neste sábado, 22. A etapa regional foi realizada no ginásio do SESI em Manaus. Depois de dois dias de disputas intensas, a I’Robot assegurou uma vaga para a fase nacional, que ocorrerá em São Paulo em março de 2026.
Formada pelos alunos Felipe Louçana, 14 anos; Samuel Vargas, 11 anos; Kauê Cavalcante, 13 anos; e Isabele Vargas, 13 anos, a equipe foi orientada pelo professor Diego Veloso. Para ele, o título é resultado do esforço e da dedicação demonstrados dentro do CMI, referência em educação tecnológica e inovação em Boa Vista.
“Diante de 360 competidores da região Norte, a I’Robot sobressaiu. Não apenas pela precisão nas manobras do robô ou pelas missões cumpridas, mas pela postura dos alunos: brilho nos olhos, responsabilidade e uma maturidade surpreendente”, afirmou o professor.
Fora da mesa de competição, um dos pontos altos foi o projeto de inovação: uma ferramenta de acessibilidade voltada para arqueólogos daltônicos. A solução, desenvolvida pelos alunos a partir do tema da temporada “Unearthed” (desenterrado), despertou interesse e admiração entre os presentes.
Marcos Sousa, coordenador da FLL no Brasil pelo SESI Nacional, destacou que trabalhar o tema da arqueologia com as crianças trouxe descobertas inspiradoras. “A equipe de Boa Vista deu um verdadeiro show. Estamos muito orgulhosos da trajetória deles. São equipes como essa que realmente fazem a diferença na FLL no Brasil”, comentou.
Aprendizado que nenhum manual ensina
Nos corredores, as trocas entre equipes — conversas, bottons e novas amizades — proporcionaram um aprendizado que não vem em manuais, mas que faz parte da experiência FLL. O capitão Samuel Vargas voltou para casa com a convicção de que, em uma competição de robótica, o que conta mesmo é coragem, criatividade e persistência.
“Foram momentos de ansiedade e muita emoção. Trabalhar em equipe nos deu a chance de tentar de novo e perceber que é possível vencer quando não desistimos. Foi minha primeira participação na FLL e saio muito feliz”, disse Samuel.
O reconhecimento chegou em forma de medalhas e troféu, reflexo do desempenho em todas as categorias: Design do Robô, Desafio do Robô, Projeto de Inovação e Core Values. Segundo Pedro Ribeiro, coordenador do curso de robótica, a comemoração era aguardada há muito tempo.
“Ainda estamos assimilando. Os meninos estão muito emocionados. Sempre dizemos a eles: ‘Aproveitem, o torneio não é só sobre ganhar; se a jornada não valer a pena, a vitória perde o sentido’. Eles se dedicaram muito e o resultado positivo veio”, garantiu Pedro.




