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Detentas da Cadeia Pública finalizam o Ensino Médio através da Educação de Jovens e Adultos.

Conclusao de Estudo de Internas da Cadeia Feminina via EJA Fernando Oliveira 11

Nesta sexta-feira, 27, seis internas da Cadeia Pública Feminina de Boa Vista, situada no bairro Asa Branca, finalizaram o Ensino Médio na modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos). Essa conclusão representa um avanço significativo no processo de ressocialização e reforça o compromisso do Governo de Roraima em oferecer educação dentro do sistema prisional.

As aulas ocorrem em salas anexas da Escola Estadual Professora Crisotelma Francisca de Brito Gomes. Ao todo, 45 internas estão matriculadas em turmas da EJA, distribuídas em três segmentos: 1º segmento (1º ao 5º ano do Ensino Fundamental), 2º segmento (6º ao 9º ano) e 3º segmento (Ensino Médio). As atividades são realizadas diariamente, com suporte de nove professores, nos períodos da manhã e da tarde.

M.E.A., uma reeducanda de 50 anos, foi uma das formandas na manhã de hoje. Ela manifestou o desejo de prosseguir seus estudos ao deixar o sistema prisional e já definiu o curso que pretende seguir.

“Estudar aqui não é fácil, mas os professores nos incentivam. Eles não apenas transmitem conhecimento, mas também nos preparam para a vida. Quero continuar a estudar assim que sair, penso em medicina, na área de radiologia”, afirmou.

Mais de 500 internos continuam a estudar no sistema prisional

Conclusao de Estudo de Internas da Cadeia Feminina via EJA Fernando Oliveira 9

Graças a uma parceria entre a Seed (Secretaria de Educação e Desporto) e a Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania), os internos têm a oportunidade de continuar seus estudos por meio da EJA, que é oferecida nas unidades prisionais, como nas salas anexas da Escola Estadual Professora Crisotelma Francisca de Brito Gomes.

“A EJA no sistema prisional de Roraima segue as diretrizes nacionais para a Educação de Jovens e Adultos em situação de privação de liberdade, visando atender às particularidades desse público. Oferecendo educação e oportunidades de aprendizado, a EJA colabora para a diminuição da reincidência criminal, promovendo a inclusão social e fornecendo alternativas para os detentos”, explicou Ana Alves de Sousa, analista educacional da Divisão de Educação de Jovens e Adultos da Seed.

Existem turmas da EJA tanto na Cadeia Pública Feminina quanto na Masculina, além da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo e do Centro de Progressão Penitenciária. As salas anexas nessas unidades juntas atendem 520 pessoas privadas de liberdade.

“Agradeço à parceria da Secretaria de Educação com a Sejuc. Momentos de formatura como esse no sistema prisional são um marco importante para avançarmos nas políticas de ressocialização e reintegração das pessoas privadas de liberdade. Precisamos acreditar que podemos ajudar e transformar essas vidas para um retorno produtivo e benéfico à sociedade. Este é o nosso papel na gestão do sistema prisional, em colaboração com a Secretaria de Educação”, ressaltou Maria José da Conceição, diretora do Departamento de Justiça, Direitos e Cidadania da Sejuc.

Arraial Pedagógico

Após a formatura, ocorreu o “Arraiá Pedagógico” com o tema “Aprender e Celebrar”, onde as detentas prepararam delícias típicas do período junino, como doces, paçocas e mingaus, participaram de desfiles para a escolha do melhor vestido, também confeccionado por elas, exibiram trabalhos pedagógicos e assistiram à apresentação da quadrilha Estrela Junina.

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