Representantes do governo federal, setor privado e instituições financeiras se reuniram para discutir a bioeconomia na Amazônia durante a programação desta terça-feira (11) na COP30, em Belém (PA). No pavilhão do Banco da Amazônia, na Green Zone, as discussões se concentraram na construção de um modelo de desenvolvimento sustentável que valorize a floresta e as comunidades amazônicas.
Considerando as dificuldades enfrentadas pela população da Amazônia, além da riqueza da floresta e suas oportunidades, a gerente executiva de Negócios Sustentáveis do Banco da Amazônia, Samara Farias, destacou que debater a bioeconomia é essencial para os amazônidas.
“É fundamental que façamos esse debate, pois existe uma necessidade crescente na Amazônia de pensar em um modelo econômico que alinhe o desenvolvimento social das comunidades com a preservação da floresta, que tem em sua diversidade sua maior riqueza. A bioeconomia possui esse potencial – de gerar investimentos e oportunidades a partir da própria biodiversidade”, afirmou.
Para ela, as soluções para os desafios regionais precisam ser multissetoriais e envolver diversos atores, desde produtores locais até representantes do setor privado e da comunidade internacional.
“São desafios que não dizem respeito apenas à Amazônia brasileira, mas ao mundo todo. E o papel do governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, é fundamental para construir essa visão transversal da bioeconomia como pilar do novo modelo de desenvolvimento da região”, acrescentou Farias.
Avanço das políticas públicas para o setor
Os esforços do governo federal para valorizar a bioeconomia como motor de desenvolvimento sustentável da região também foram ressaltados.
Segundo o coordenador-geral de Desenvolvimento da Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, William Saab, o momento representa um avanço histórico nas políticas públicas do setor – como o anúncio do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia pelo governo federal.
“O Brasil está fazendo anúncios importantes aqui na COP30, como o Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia, que inclui componentes de socioeconomia, biomassa, bioindústria e sistemas terrestres e aquáticos. É um plano construído de forma participativa, com 16 órgãos governamentais e 17 entidades da sociedade civil, um verdadeiro exercício de diálogo e escuta”, comentou.
Além do Plano Nacional, Saab mencionou outras iniciativas governamentais, como a Taxonomia Sustentável Brasileira, o Plano Clima e o programa Ecoinvest – liderado pelo Ministério da Fazenda. Ele destacou que essas ações evidenciam o compromisso do país com uma transição ecológica justa. “Ter a COP30 sediada em Belém é motivo de celebração e reconhecimento do protagonismo da Amazônia nesse processo”, concluiu.
Dia da Bioeconomia
A programação do Dia da Bioeconomia na COP30 contou com diversas atividades realizadas no pavilhão do Banco, como debates sobre o uso da biomassa para produção de energia, biocombustíveis sustentáveis e as vozes da bioeconomia, reunindo produtores e investidores da região.
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