Um dos pilares da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável, a agricultura familiar recebe investimentos constantes da Prefeitura de Boa Vista ao longo dos anos. Com políticas públicas focadas no trabalho rural, a atual gestão investiu mais de R$ 62 milhões no setor, fortalecendo a economia local e gerando empregos e renda na capital roraimense.

Famílias agricultoras da zona rural e comunidades indígenas de Boa Vista têm acesso a fertilizantes e sementes, assistência técnica especializada, máquinas agrícolas e sistemas de irrigação com energia fotovoltaica, entre outros benefícios. O prefeito Arthur Henrique relata que, com os investimentos na agricultura, a prefeitura está impulsionando a produção agrícola local e garantindo maior produtividade e geração de renda para as famílias.
“A atuação é diversificada, incluindo o fornecimento de calcário, fertilizantes, máquinas, sistemas de irrigação com energia fotovoltaica, até pesquisas no CDT [Centro de Difusão Tecnológica] para assegurar que os produtores recebam informações técnicas sobre cultivares adequadas à região, formulação de fertilizantes para diferentes culturas para obter melhores resultados na colheita”, afirmou.

PMDA
Atualmente, o Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA) atende 1.781 famílias e mais de 4 mil hectares de área plantada. No primeiro semestre deste ano, com o apoio da prefeitura, foram cultivados 1.205 hectares de grãos, sendo 700 ha de soja e milho para produtores independentes, 400 ha para agricultores inscritos no programa e 105 ha em comunidades indígenas.

No segundo semestre de 2025, está prevista a distribuição de outras 1.500 toneladas de calcário para o cultivo da safra de verão. Adriana Almeida, produtora de feijão-verde, macaxeira, milho, melancia, banana, pimenta-de-cheiro, melão, quiabo e abóbora, na região do Polo Produtivo Novo Passarão, zona rural de Boa Vista, tem utilizado os benefícios do PMDA para investir na propriedade da família.
“Hoje há uma máquina da prefeitura nivelando o solo na minha propriedade para que eu inicie o plantio de melancia, uma das culturas que cultivo. Graças ao programa da prefeitura, fui beneficiada com o sistema de irrigação e consigo produzir durante o inverno e o verão. Além disso, recebo consultas dos técnicos para o desenvolvimento de cada lavoura”, relatou.

Sistema de irrigação
Com a instalação de sistemas de irrigação com energia fotovoltaica, a prefeitura investiu em inovação e tecnologia, promovendo o desenvolvimento no campo com fornecimento de energia limpa e renovável, reduzindo significativamente os custos de produção no verão. Ao todo, 132 sistemas foram instalados pela atual gestão do município, dos quais 26 em 16 comunidades indígenas. Outros 24 serão instalados até setembro, totalizando 156.
Máquinas e implementos
Atualmente, a prefeitura dispõe de 144 máquinas e implementos, incluindo tratores, grades aradoras, grades niveladoras, calcareadeiras, encanteiradores, plantadeiras, colheitadeiras, caminhões, pás carregadeiras, escavadeiras e patrolas. Todos são disponibilizados para os agricultores na zona rural e comunidades indígenas.

Comunidades indígenas
Conforme levantamento realizado por tuxauas em junho de 2024, mais de 5.200 pessoas (sendo 1.500 famílias) habitam as 17 comunidades indígenas de Boa Vista. Todos têm acesso a serviços de máquinas, equipamentos, insumos como calcário, fertilizantes e sementes para o preparo do solo e plantio.
Além disso, as comunidades participam do projeto Moro-Mori, voltado para a implantação da piscicultura, com 14 iniciativas em andamento e outras três beneficiadas até o final do ano. Até o momento, cinco comunidades já realizaram a despesca: Serra da Moça, Darora, Campo Alegre, Vista Alegre e Ilha. Neste processo, os produtores retiraram cerca de 11 toneladas de peixes dos tanques, sendo parte consumida localmente e a outra destinada à venda.

As famílias indígenas também estão envolvidas em outras atividades de produção, como o plantio de diversas culturas. Neste ano, a prefeitura forneceu calcário e plantou 105 hectares de milho nas comunidades, com expectativa de colher mais de 600 toneladas do grão. Nascido e criado na Serra da Moça, Felício Neves, de 59 anos, trabalha na lavoura da região em parceria com mais 11 famílias.
“Plantamos uma área de 5 hectares de milho e isso foi possível graças ao apoio da prefeitura. Recebemos calcário para a correção do solo e, em seguida, a máquina fez o plantio. Sem esse apoio, não conseguiríamos plantar uma área tão grande, pois teríamos que fazer tudo manualmente. O plano é aumentar a área para o próximo ano. Agora, nos próximos meses, vamos colher”, destacou.

Centro de Difusão Tecnológica
O plantio de culturas no CDT representa uma iniciativa que alia ciência e sustentabilidade. Além de contribuir para a pesquisa agrícola e promoção de técnicas inovadoras de cultivo, o centro desempenha um papel fundamental, incentivando a valorização da agricultura e ainda sedia a Maior Feira da Agricultura de Roraima, a AgroBV, que acontece de 31 de julho a 03 de agosto.

Fonte: Prefeitura de Boa Vista – RR