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Agropecuária celebra status do Brasil como livre de aftosa sem vacinação

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Status foi comunicado pela Abrafrigo e deve facilitar o acesso a novos mercados para produtos bovinos

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou que o reconhecimento internacional do país como livre de febre aftosa sem vacinação, obtido hoje (29/5), é uma conquista histórica para os produtores rurais.

O certificado da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) ao Brasil sobre o novo status sanitário foi entregue em Paris, na França, ao diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Marcelo Mota.

Ontem (28/5), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, declarou que a OMSA fará uma cerimônia para a entrega simbólica do certificado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana que vem, que comandará uma comitiva brasileira em viagem a Paris.

“O anúncio feito hoje, de Brasil livre de aftosa sem vacinação, é um reconhecimento desse esforço, uma grande conquista. Mais do que nunca, o Brasil pode vender carne, um produto de altíssima qualidade, para qualquer país do mundo”, disse Martins em nota.

A senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS), ressaltou a necessidade de continuar trabalhando para manutenção do status declarado pela OMSA.

“Os produtores rurais conquistam um status diferente, podendo acessar mercados mais exigentes, que pagam mais pela carne e que, sem esse status, não poderiam ser alcançados”, afirmou no comunicado da CNA.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, também acredita que o status sanitário pode abrir novos mercados para os produtores rurais.

“Essa chancela internacional reforça que estamos prontos para competir com os maiores players globais, como Estados Unidos, Austrália e União Europeia, com sanidade, rastreabilidade e sustentabilidade na produção”, afirmou o dirigente em nota.

A febre aftosa é uma das doenças mais temidas na pecuária mundial por seu alto poder de disseminação e pelos prejuízos econômicos que causa. Desde o início da profissionalização da produção de carne, a luta contra a doença se intensificou globalmente.

No Brasil, as ações contra a doença começaram oficialmente em 1950 e passaram por diferentes fases, até a criação do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) em 2017, com o objetivo de erradicação completa até 2026.

Neste mês, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, ressaltou em coletiva de imprensa que países como Filipinas e Indonésia já manifestaram interesse em importar miúdos bovinos do Brasil com base nesse novo status sanitário.

“E estamos utilizando essa conquista como um ativo estratégico em negociações com mercados altamente exigentes, como o Japão”, disse Perosa a jornalistas. Segundo o dirigente, a certificação não garante, por si só, a abertura de mercados, mas elimina uma barreira técnica que, por anos, serviu como argumento para a postergação de negociações.

Por Nayara Figueiredo

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