A Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) participa, nesta semana, de uma reunião técnica organizada pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), realizada na Superintendência Federal do órgão em Roraima. O encontro, com duração de dois dias, tem por objetivo harmonizar as ações das equipes da agência relativas às pragas classificadas como emergências fitossanitárias na Amazônia, entre elas a vassoura-de-bruxa da mandioca, a monilíase do cacaueiro, a mosca-da-carambola e o fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense raça 4 (Foc TR4), atualmente apontado como a maior ameaça à bananicultura mundial.
Estão participando da capacitação técnicos agropecuários, fiscais agropecuários e chefes das UDAs (Unidades de Defesa Agropecuária). As apresentações tratam da situação dessas pragas no Brasil, dos riscos de entrada ou expansão em Roraima, dos métodos de monitoramento e controle e de outros procedimentos essenciais para reforçar a defesa vegetal no Estado.
De acordo com Guilherme Rodrigues, gerente de Defesa Vegetal da Aderr, as exposições são ministradas por especialistas do próprio Mapa. Ele ressalta que o conteúdo aprofunda “a biologia das pragas, sua situação atual no Brasil, o risco de entrada em Roraima, além de métodos de monitoramento, controle e demais procedimentos técnicos essenciais ao trabalho de defesa vegetal”.
O auditor fiscal federal agropecuário e chefe da Divisão de Combate à Mosca das Frutas do Mapa, Jefferson Paes, aponta que o principal objetivo é nivelar a atuação das equipes frente a cenários de emergência já estabelecidos na Região Norte.
“Atualmente enfrentamos três pragas em situação de emergência na Região Norte: a vassoura-de-bruxa, presente no Amapá e em um município do Pará; a monilíase do cacaueiro, que já está registrada no Acre e em municípios do Amazonas; e a mosca-da-carambola, que atinge Roraima, Amapá e Pará”, destacou.
Ele lembra que, no caso da mosca-da-carambola, Roraima convive com essa praga há décadas, o que tem impacto direto na produção local e torna imprescindível o investimento contínuo em qualificação técnica.
“É essencial capacitar os profissionais tanto no controle quanto no combate às pragas, aperfeiçoar o monitoramento e deixar o Estado preparado para responder rapidamente ao eventual surgimento de outras pragas ainda ausentes em Roraima, minimizando ao máximo os prejuízos aos produtores”, afirmou.




