Roraima inicia Operação Verão Sem Fogo para a temporada 2025/2026

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O Governo de Roraima lançou, nesta quarta-feira, 19, a Operação Verão Sem Fogo referente ao ciclo 2025/2026. A iniciativa integra o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais e reúne 18 secretarias estaduais, sob coordenação direta do CBMRR (Corpo de Bombeiros) e da Casa Civil. A meta é diminuir queimadas ilegais, evitar o surgimento de focos de incêndio e reduzir os prejuízos sociais, ambientais e econômicos durante o período de estiagem.

Segundo a climatologia do Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia), para novembro e dezembro de 2025 e janeiro de 2026 Roraima deve registrar precipitações dentro da normalidade, com temperaturas médias em torno de 34 graus. Ainda assim, o Governo ampliou ações preventivas antecipadas, com educação ambiental, resposta rápida e reforço operacional.

No lançamento, realizado no auditório do Corpo de Bombeiros Militar de Roraima, o governador Antonio Denarium ressaltou o caráter educativo e estritamente preventivo do plano estadual.

“Com o início de mais um verão, o Governo do Estado põe em funcionamento a Operação Verão Sem Fogo. Contratamos 150 brigadistas e teremos 86 bombeiros militares na coordenação desta ação, com mais de 20 viaturas e equipamentos para todos os profissionais. Orientamos a população de Roraima por meio de uma campanha educativa, pedindo que não queimem lixo nas áreas urbanas e que evitem queimadas no campo, para reduzir a formação de fumaça”, declarou.

O governador também chamou atenção para os prejuízos à saúde e a importância de atuar prontamente desde o início da estação seca.

“Os incêndios provocam doenças respiratórias e atingem com maior intensidade crianças e idosos, sobrecarregando os hospitais da capital e do interior. O Estado, por meio dos brigadistas, faz limpeza de cabeceiras de pontes, combate os incêndios florestais e orienta os produtores a atuarem dentro da legalidade”, afirmou.

O comandante‑geral do Corpo de Bombeiros, coronel Anderson Carvalho, detalhou a estrutura operacional e os cenários previstos para o trimestre, explicando que a estratégia contempla planejamento integrado, alinhamento com a climatologia e ampliação das bases de monitoramento.

“Esta é a configuração da nossa equipe de operação: incorpora 18 secretarias de Estado, em conjunto com a Casa Civil e o Corpo de Bombeiros, que lançam, coordenam, planejam e executam as ações da Operação Verão Sem Fogo”, destacou o comandante.

Ele comparou o panorama climático com o ciclo anterior (2024/2025), apontando semelhanças no comportamento observado.

“Os meses de novembro, dezembro e janeiro tendem a se comportar de forma muito parecida com o ano passado, com chuvas dentro da normalidade. Os focos de incêndio e as operações de combate também têm perfil semelhante ao enfrentado anteriormente. Por isso antecipamos as ações para reduzir impactos sobre a população”, explicou.

A Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) participa da operação com atribuições de licenciamento, monitoramento ambiental e fiscalização das queimadas controladas. O presidente Wagner Severo salientou a relevância do calendário vigente e da regularização das autorizações.

“A Femarh atua ativamente durante todo o período de estiagem. Em conjunto com o comitê de queimadas, nos reunimos periodicamente para analisar as condições climáticas e definir o calendário de queimadas, no qual os produtores podem buscar informações e os documentos necessários para realizar queimadas de forma legal”, afirmou.

Ele acrescentou que o calendário de queimadas permanece disponível à população. “O calendário está aberto; o comitê estabeleceu mais 30 dias, e seguiremos monitorando autorizações e focos de calor. Se necessário, poderemos prorrogar o calendário novamente”.

As denúncias de queimadas ilegais seguem sendo recebidas pelos telefones 193 e 199, WhatsApp (95) 98406-5439, por e-mail ou presencialmente. “As denúncias que forem apuradas e confirmadas podem gerar autos de infração, com multas de até 10 mil reais, conforme a extensão e a forma do crime”, completou.

O diretor‑executivo da Defesa Civil, coronel Cidinei Lima, explicou o funcionamento do trabalho com os 150 brigadistas municipais contratados para atuar a partir de 1º de dezembro deste ano.

“Os desastres costumam ocorrer nos municípios do interior, então a primeira resposta é municipal, com o apoio do Estado quando necessário, porque muitos municípios não dispõem de equipe especializada. Esses brigadistas serão incorporados a partir de 1º de dezembro para atuar em campo conosco. Na primeira semana faremos um alinhamento de formação e capacitação para garantir respostas mais eficientes e eficazes”, pontuou.

As bases da Operação Verão Sem Fogo serão instaladas em Amajari, Bonfim, Alto Alegre, duas em Mucajaí, duas no Cantá, além de Iracema e São João da Baliza. A estrutura poderá ser ajustada conforme a evolução das condições climáticas.

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