O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou nesta segunda-feira (17) a importância central da ciência, da tecnologia e da responsabilidade ambiental para o avanço da agropecuária brasileira. A declaração ocorreu durante sua visita à AgriZone – a Casa da Agricultura Sustentável – localizada na Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA), como parte da programação da COP30. Resultado de uma parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Embrapa e outras instituições, a AgriZone apresenta soluções tecnológicas e práticas produtivas focadas na conservação ambiental, demonstrando alternativas viáveis para ampliar a produção sem abrir mão da sustentabilidade. Recebido pela presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, o ministro participou de reuniões, concedeu entrevistas e conheceu as vitrines tecnológicas e os painéis da AgriZone, que exibem experiências sobre o uso sustentável do solo e sistemas produtivos inovadores. Para Fávaro, o espaço simboliza o compromisso do Brasil em demonstrar ao mundo o equilíbrio entre produtividade e preservação.
“Aqui temos a oportunidade de lembrar que a ciência e a tecnologia foram fundamentais para o nosso país conquistar grande destaque na agropecuária”, afirmou o ministro. Ele ressaltou que o Brasil mantém forte atuação no comércio global de alimentos, fibras e energia de base biológica, com quase 500 novos mercados abertos. “Isso evidencia uma diplomacia brasileira eficiente, conduzida pelo presidente Lula, que abre novas oportunidades comerciais para o setor agropecuário, mesmo em um contexto global desafiador”, destacou. Durante a visita, Fávaro reforçou que o modelo agrícola brasileiro está alinhado com a conservação ambiental. “Não existe conflito entre produzir e preservar. O clima é aliado do produtor rural brasileiro, e as vitrines da AgriZone demonstram isso”, declarou. Segundo ele, o país pode aumentar a produção sem expandir a fronteira agrícola. “O Brasil não precisa avançar sobre a floresta para continuar crescendo. Possuímos programas de recuperação de áreas degradadas e um marco legal rigorosamente aplicado.” O ministro também conectou as ações da AgriZone com a busca global por financiamentos climáticos. “Apresentamos nossos programas futuros sempre com o objetivo de captar recursos internacionais para recuperar áreas degradadas, investir na agricultura familiar, bioinsumos e modernização. A Embrapa pode ampliar suas pesquisas e disseminar conhecimento para países tropicais”, destacou. Ao ser questionado sobre o papel do agronegócio nas negociações climáticas internacionais, Fávaro foi claro: “O agro não participa da COP para buscar protagonismo. Veio mostrar ao mundo o modelo produtivo da agropecuária brasileira e eliminar essa visão equivocada. A imensa maioria dos produtores adota boas práticas e tem responsabilidade ambiental e social.” Para o ministro, a presença do Mapa na AgriZone durante a COP30 reforça que o setor agropecuário brasileiro avança em sintonia com a legislação ambiental e a ciência. “É um momento importante. Vamos expor esse arranjo produtivo brasileiro e os rumos que pretendemos seguir”, concluiu.
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