Com papel essencial na continuidade da produção agrícola e na modernização do trabalho no campo, os jovens agricultores garantem a sucessão na agricultura familiar. Diante da necessidade de assegurar um futuro mais equilibrado, justo e produtivo nas propriedades rurais, a Prefeitura de Boa Vista tem direcionado investimentos a políticas públicas que valorizam o protagonismo das novas gerações que atuam na zona rural.
O êxodo rural representa um grande desafio, reduzindo a mão de obra no campo e ameaçando a continuidade das propriedades familiares. Para frear esse processo de migração, os jovens produtores do município contam com o Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA). Segundo o prefeito Arthur Henrique, a administração incentiva as novas gerações a enxergarem no campo oportunidades de desenvolvimento e perspectivas de futuro, fortalecendo a produção local.
“Temos ampliado o apoio ao fortalecimento da agricultura entre os jovens, porque acreditamos que o futuro do campo passa pela nova geração. Criamos facilidades para que eles permaneçam nas comunidades rurais, produzindo, inovando e elevando a qualidade de vida das famílias. Com assistência técnica, acesso a insumos, maquinários e canais de comercialização, demonstramos que é possível crescer e prosperar na zona rural”, afirmou.
Cultivando o futuro
A falta de oportunidades, de acesso a tecnologias e de incentivos leva muitos jovens a deixarem o meio rural em busca de melhores condições nas cidades. Para enfrentar esses obstáculos, a prefeitura tem aumentado os investimentos em tecnologias aplicadas ao campo, como drones agrícolas e equipamentos mecanizados. Kibson Araújo, 23 anos, cultiva batata-doce na região do Truaru, zona rural de Boa Vista, após anos de trabalho na lavoura ao lado dos pais.

“Me qualifiquei como técnico agrícola porque sempre estive na lavoura com meus pais. Desde os 18 anos eu sou atendido pelo PMDA e hoje tenho minha área, cultivando cerca de dez canteiros por semana. Já plantei maxixe, melancia, melão, macaxeira e abóbora, mas a batata-doce é o meu principal produto. Os incentivos da prefeitura facilitam muito; se eu tivesse que comprar todos os insumos por conta própria, não conseguiria ampliar a área que mantenho atualmente”, relatou.
Elo entre pais e filhos
Os pais de Kibson iniciaram o cultivo da batata-doce a partir de um projeto de incentivo da Prefeitura de Boa Vista no Polo de Batata-doce. Aos poucos, transmitiram o ofício ao filho ainda na adolescência. Segundo Regirene Sousa Miranda, produtora há mais de 20 anos e mãe do jovem agricultor, a sucessão familiar aconteceu naturalmente pela convivência com o trabalho na terra: com o tempo, os filhos aprenderam o ofício e passaram a valorizar a vida no campo.

“Viemos morar no sítio e, naturalmente, nossos filhos também passaram a viver aqui. Eles sempre nos observaram trabalhando e acabaram se encantando pela vida no campo e pela lavoura. Hoje a família inteira vive do cultivo, e com o incentivo da prefeitura conseguimos plantar, replantar, ampliar a produção e comercializar. Nosso sustento vem da agricultura, especialmente da batata-doce que colhemos e vendemos na cidade”, contou.
Semear desenvolvimento – A gestão atual aplicou mais de R$ 75 milhões no setor agrícola, fortalecendo a economia local e gerando emprego e renda na capital roraimense. Os produtores assistidos pelo município têm acesso a fertilizantes e sementes, assistência técnica especializada, máquinas agrícolas, sistemas de irrigação com energia fotovoltaica, entre outros benefícios. Atualmente, o PMDA atende 1.986 famílias.
