Entre abraços, risos e muita animação, o Ginásio Romerinho, na Vila Olímpica Roberto Marinho, virou nesta quarta-feira, 1°, um verdadeiro palco de alegria e disputa. Em celebração ao Dia do Idoso, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SEMADS) iluminou o local com entusiasmo, reunindo participantes do Projeto Cabelos de Prata dos sete Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
Com o tema “Semana do Idoso – Viver é Celebrar”, a programação incluiu atividades como boliche, dama, chute ao gol, arremesso de argolas e apresentações de dança. O clima de confraternização predominou, mostrando que a verdadeira competição era ver quem transmitia mais alegria — um lembrete carinhoso de que cada fase da vida merece ser celebrada.

Segundo a coordenadora do Cabelos de Prata, Sabrina de Sá, as atividades foram elaboradas para fortalecer as relações construídas diariamente nos CRAS. Ela ressaltou que a comemoração do Dia do Idoso vai além de uma data: é a expressão de um cuidado contínuo e de uma necessidade fundamental na terceira idade — a proximidade humana.
“A proposta aqui é sempre promover essa integração, esse contato com o outro. Para eles, esse momento tem um valor enorme. Na terceira idade, é comum que com o tempo as pessoas se isolem. Os netos já não estão tão perto, os filhos têm outras rotinas. No projeto, os idosos se reencontram. É gratificante vê-los correndo, jogando bola, brincando, se divertindo e dançando.”

A coordenadora explicou que o evento complementa as ações regulares, como dominó, dama e boliche, reforçando que o foco principal é a alegria sincera dos participantes. “Tivemos uma belíssima abertura com dança, que é o que eles mais gostam. Tudo é planejado com muito carinho, para que entendam que não há rivalidade entre os CRAS, mas sim uma competição saudável onde todos se divertem”.
Atletas de espírito jovem

Com uma vitalidade que contrasta com seus 74 anos, dona Antônia Pereira é uma das participantes mais dedicadas do projeto. Há 19 anos inserida nas atividades do CRAS Centenário, ela demonstra entusiasmo e reconhece a importância do Cabelos de Prata em sua rotina.
“Eu fiz o chute ao gol. Mas se precisar de alguém para o boliche, eu vou também. Se chamarem para qualquer outra modalidade, eu participo. Ir aos eventos do projeto é o melhor para mim. Ir ao CRAS é maravilhoso: posso conversar e fazer amizades. Não gosto de faltar. Se eu faltar, é porque realmente estou doente. Se não fosse o Cabelos de Prata, eu já teria voltado para o Pará”, contou.

Há quatro anos no Cabelos de Prata pelo CRAS São Francisco, seu Luiz Augusto, de 71 anos, estava com foco na conquista. Para ele, participar das atividades representa muito mais do que competir: é uma fonte de ânimo.
“Treinamos bastante para todas as modalidades, sempre buscando dar o melhor. Vou participar do revezamento de bastão. Venho competir e quero ganhar. Este evento é tão maravilhoso que nos dá vontade de soltar a energia e nos divertir. As pessoas acham que, por sermos idosos, estamos parados no tempo. Não é assim — a idade não é um obstáculo. Estar aqui é maravilhoso. É como ganhar uma nova vida”, disse.
*Supervisionado por Shirleia Rios