1 de outubro de 2025
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Após várias diligências realizadas pelas equipes da PCRR (Polícia Civil de Roraima), K.W.S.P., de 20 anos, alvo de mandado de prisão temporária no âmbito da Operação Ilíria, se apresentou espontaneamente na sede da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), acompanhado de advogado.
Segundo o delegado adjunto da DPCA, Matheus Rezende, responsável pela coordenação das investigações, a apresentação ocorreu após pressão decorrente do trabalho investigativo contínuo. O mandado de prisão contra ele, referente a crimes de favorecimento à prostituição de adolescentes, associação criminosa, fornecimento de bebida alcoólica a menores e porte ilegal de arma de fogo, foi cumprido imediatamente pela Polícia Civil.
O delegado explicou que a Operação Ilíria foi deflagrada na manhã do dia 25 de setembro, com o objetivo de apurar esses crimes. Na ocasião, foram cumpridos sete mandados judiciais, sendo cinco de busca e apreensão domiciliar e duas prisões temporárias. Entre os investigados estavam o oficial da Polícia Militar E.C.L., de 43 anos; o agente de Polícia E.R.C., de 57 anos; o gerente comercial R.N.A.L., de 49 anos; o analista judiciário F.F.S., de 49 anos; e K.W.S.P., de 20 anos.
Durante a operação, o oficial da Polícia Militar foi preso na Rodoviária Internacional de Boa Vista e encaminhado à DPCA, enquanto K.W.S.P. não foi localizado, permanecendo foragido. Desde então, diversas diligências foram realizadas para localizá-lo.
Pressionado pelas investigações em andamento, ele constituiu advogado e se apresentou na sede da DPCA nesta segunda-feira, dia 29, onde o mandado de prisão foi cumprido.
Após toda a formalização, K.W.S.P. foi encaminhado na manhã desta terça-feira, dia 30, na audiência de custódia.
As investigações, segundo o delegado, seguem em andamento, com o objetivo de identificar novas vítimas e outros possíveis envolvidos no esquema de exploração sexual de adolescentes.
Ao ser deflagrada no dia 25, a Operação Ilíria contou com a participação de diversas unidades da Polícia Civil, incluindo o GRT (Grupo de Resposta Tática) e o ICPDA (Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida), coordenadas pelos delegados Kássia Poersh, Leonardo Michell, César Lunkes e Franco Abruzzi Ghiggi.
OPERAÇÃO ILÍRIA – O nome da operação faz referência à obra Noite de Reis, de William Shakespeare, ambientada na fictícia região de Ilíria, simbolizando a conduta dos investigados, que ocultavam práticas criminosas por trás de aparências respeitáveis, cargos públicos e influência social, enquanto cometiam graves violações contra os direitos de crianças e adolescentes.
SECOM RORAIMA
Texto: PCRR
Fotos: PCRR