O Governo de Roraima avançou na valorização da Educação Escolar Indígena no Estado. Na tarde desta quarta-feira, 24, o governador Antonio Denarium assinou decretos que criam nove escolas estaduais indígenas e celebrou um termo de cooperação técnica com o CIR (Conselho Indígena de Roraima).
As unidades funcionavam anteriormente como salas anexas de outras escolas. Com o decreto, elas passam a ter autonomia administrativa e pedagógica, com direção, coordenação e corpo próprio de servidores, o que permitirá ampliar o número de estudantes atendidos.
“Agora as escolas contarão com estrutura própria, direção, coordenação pedagógica, equipe e serviços de limpeza. Além disso, o Governo de Roraima está elaborando um projeto para construir 100 novas escolas, sendo 80 destinadas a comunidades indígenas”, afirmou o governador Antonio Denarium.
Onde ficam as novas escolas
As escolas criadas são: Alfredo Duarte (Comunidade Anzol), Vovó Bem Vinda Coelho (Baixo São Marcos) e Jairo Pereira da Silva (Comunidade Morcego), na zona rural de Boa Vista; Índio Brasilino (Comunidade Hebron) e Francisco Aniceto (Comunidade São Francisco), em Normandia; Maama Meri (Comunidade Ponto Geral – Serras), Sebastião Oliveira (Comunidade São Felipe – Serras) e Ko’ko Agnes Francisco (Comunidade Angical), em Uiramutã; e Diva Rodrigues de Freitas (Comunidade Ouro Preto), em Pacaraima.
O tuxaua da comunidade Anzol, Del Wekelenson, ressaltou a importância da medida: “Há dez anos funcionávamos como sala anexa da Escola Estadual Indígena José Aleixo Angelo. Com este decreto, nossa comunidade terá mais oportunidades e benefícios”.
Cooperação com o CIR
No mesmo ato, o Governo de Roraima assinou com o CIR um termo de cooperação técnica para desenvolver ações conjuntas em favor da Educação Escolar Indígena, incluindo apoio ao Centro Indígena de Formação e Cultura Raposa Serra do Sol, localizado na Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
“O termo vem para fortalecer a educação indígena. É uma parceria: o Governo disponibilizará professores e orientação pedagógica, enquanto o CIR ficará responsável pela estrutura do Centro. Esperamos avanços significativos na formação dos jovens indígenas”, explicou o secretário de Educação, Mikael Cury-Rad.
O presidente do CIR, tuxaua Amarildo Mota, enfatizou o valor do acordo. “Este termo assegura a continuidade da formação de nossos alunos, trazendo mais professores, materiais e melhores condições para os jovens. É um passo essencial para o fortalecimento da educação indígena”, afirmou