O cultivo de alimentos no quintal de casa, uma prática tradicional, tem sido mantido na comunidade indígena Vista Alegre, situada na região do Baixo São Marcos. Pequenas roças próximas às residências recebem cultivos de mandioca, macaxeira, banana, milho, abóbora, limão, entre outras culturas, que garantem a segurança alimentar de crianças, adultos e idosos.
Esse trabalho diário não só fortalece a segurança alimentar como também valoriza a autonomia das famílias indígenas, preservando a cultura nas comunidades. Segundo o secretário de agricultura e assuntos indígenas, Cezar Riva, o apoio da prefeitura vai muito além de plantar e colher; ele assegura autonomia e alimentos de qualidade para os moradores.

“Nosso trabalho envolve apoio técnico e investimentos em infraestrutura. Estamos criando condições para que cada comunidade possa produzir seu próprio alimento, com qualidade e em quantidade suficiente para atender às necessidades das famílias. Também buscamos estimular o excedente produtivo, para que os agricultores possam gerar renda e melhorar ainda mais sua qualidade de vida”, afirmou.
Prática tradicional de cultivo
Com políticas públicas voltadas para a atividade rural, a atual gestão investiu mais de R$ 62 milhões na agricultura, fortalecendo a economia local e gerando emprego e renda nas zonas rurais e comunidades indígenas. Tuxaua da comunidade Vista Alegre, Alcinésio Chagas, produz mandioca, banana, milho, limão e laranja no quintal de casa para alimentar sua família.

“Há 10 anos, trabalho nesse modelo de roça, no quintal da minha casa. A prefeitura tem nos ajudado com insumos para manter nosso trabalho. Vivemos em área de lavrado e precisamos corrigir o solo para conseguir plantar. Com isso, a prefeitura disponibilizou materiais e sementes para seguirmos produzindo nosso alimento”, relatou.
Investimentos nas comunidades indígenas
Conforme levantamento realizado por tuxauas em junho de 2024, mais de 5.200 pessoas (1.500 famílias) residem nas 17 comunidades indígenas de Boa Vista. Todas têm acesso a serviços de máquinas, equipamentos, insumos como calcário, fertilizantes, sementes para preparo do solo e plantio. As famílias indígenas também atuam em outras frentes de produção, como o cultivo de diversas culturas.
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Além disso, as comunidades contam com o projeto Moro-Mori, voltado para a implantação da piscicultura, com 14 iniciativas em andamento e mais três sendo beneficiadas até o final do ano.
Até o momento, cinco delas já realizaram a despesca: Serra da Moça, Darora, Campo Alegre, Vista Alegre e Ilha. No processo, os produtores retiraram cerca de 11 toneladas de peixes dos tanques. Parte da produção é consumida na comunidade, enquanto a outra é destinada à comercialização.

Fonte: Prefeitura de Boa Vista – RR