Incêndios permanecem elevados em 2025; Cerrado concentra a maioria das queimadas

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O ano de 2025 continua entre os mais críticos para queimadas no Brasil. De janeiro a agosto, quase 187 mil quilômetros quadrados foram consumidos pelo fogo, com destaque para o Cerrado, que sozinho representou cerca de 64% dessa área. Esse bioma se mantém como o mais impactado do país.

Esses números são do Programa Queimadas, vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Desde 2003, apenas quatro anos tiveram áreas queimadas maiores do que as registradas em 2025: 2010, 2024, 2007 e 2005.

Estados e cidades mais afetados

Até o momento, em 2025, foram contabilizados 74,1 mil focos de queimadas no Brasil, concentrados principalmente nas regiões Norte (26 mil) e Nordeste (25 mil), que juntos representam mais de 70% do total. A região Centro-Oeste contabiliza 11,9 mil focos, impulsionada pelo estado do Mato Grosso. Sudeste e Sul registram 6,5 mil e 3,6 mil focos, respectivamente.

Estados campeões em focos de queimadas segundo o INPE

                                                                                                                                         

Focos por estado —Período anual: 2025
Estado Focos (2025)
MA 8402
MT 8119
TO 6782
BA 5089
PA 4610
MG 4498
PI 4301
AM 2742
GO 2484
SP 1391
RS 1352
RO 1197
MS 1179
PR 1152
SC 1120
AC 1026
RR 965
CE 864
PE 505
RJ 360
ES 284
PB 255
RN 188
DF 165
SE 136
AL 123
AP 31

Estados com maior número de focos em 2025:

  • Maranhão: 8.402
  • Mato Grosso: 8.119
  • Tocantins: 6.782
  • Bahia: 5.089
  • Pará: 4.610

Cidades com maior quantidade de focos de queimadas:

  • Colniza (MT) – 851
  • Mirador (MA) – 772
  • Lagoa da Confusão (TO) – 578
  • Apuí (AM) – 495
  • Porto Velho (RO) – 458
  • Barra do Corda (MA) – 451
  • Alto Parnaíba (MA) – 442
  • Uruçuí (PI) – 442
  • Formoso do Araguaia (TO) – 436
  • Nova Maringá (MT) – 420

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Incêndios em andamento

O risco de novas queimadas permanece elevado em setembro, com o clima seco predominando em grande parte do país. Estados localizados entre Paraná e Tocantins estão sob alerta de baixa umidade, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e essas condições extremas têm se mantido desde meados de agosto. As regiões do Cerrado e da Caatinga continuam sendo as mais vulneráveis, o que reforça a necessidade de precaução e ações preventivas.

No Distrito Federal, um incêndio florestal atingiu a Floresta Nacional de Brasília (Flona) na tarde da última terça-feira (9). Aproximadamente 220 hectares foram queimados, o que corresponde a cerca de 6% da unidade de conservação.

Em São Paulo, a Defesa Civil monitora, nesta sexta-feira (12), incêndios em várias regiões, envolvendo vegetação nativa, áreas de preservação permanente e canaviais. Entre os municípios atingidos estão Cajamar, Cruzeiro, Caçapava, Bofete, Piracicaba, Cajuru, Alto Alegre, Adamantina/Flórida Paulista e Socorro. O combate aos incêndios mobiliza Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, brigadistas locais e tem apoio de aeronaves com asas rotativas.

Recomendações do Corpo de Bombeiros Militar do DF para evitar queimadas

  • Não queime lixo, folhas secas ou resíduos de poda.
  • Evite utilizar fogo para limpeza de terrenos.
  • Não jogue bitucas de cigarro acesas em áreas com vegetação seca ou nas margens de estradas.
  • Se estiver acampando, faça fogueiras somente em locais permitidos e apague-as completamente antes de sair.
  • Em propriedades rurais, mantenha aceiros (faixas livres de vegetação) ao redor de plantações, pastagens e construções.
  • Evite acumular vegetação seca próxima a casas, postes, cercas e estradas.
  • Converse com familiares, vizinhos e funcionários sobre os riscos e medidas de prevenção.

Fonte: CBMDF Em caso de incêndio, contate imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. Não tente apagar o fogo sem equipamentos adequados ou treinamento.

 

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