Ferros-velhos e Sucatas de Boa Vista passam por fiscalização em ação colaborativa entre secretarias municipais.

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Em uma ação conjunta que combina acolhimento e conscientização, o Programa Dedo Verde e estudantes de Psicologia da Universidade da Amazônia (UNAMA) promoveram nesta quinta-feira, 11, um espaço de escuta e reflexão para os participantes. A iniciativa ocorreu na sede do programa e destacou a urgência de discutir saúde mental e conexões reais, criando vínculos autênticos com as pessoas.

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“Aqui no programa, todos são acolhidos. Eles têm quem procurar e receber ajuda”, destaca Elohana

Em um depoimento comovente, a gerente do Dedo Verde, Elohana Carvalho, enfatizou a relevância da parceria estabelecida com os acadêmicos de Psicologia da UNAMA. A ação vai além de uma simples colaboração institucional: é um canal de esperança e acolhimento para os envolvidos.

“Quanto mais parcerias especializadas recebermos, melhor. Nós sabemos que nossos adolescentes têm seus direitos violados e muitos não estão cientes disso. Temos casos de depressão, falta de carinho e atenção. Às vezes, em suas vidas, eles entendem esse abandono como normal”, relatou.

Apoio e acolhimento

Para Elohana, é fundamental quebrar esse ciclo e transformar essa percepção. Essas iniciativas servem como um farol, mostrando a esses jovens que eles não estão sozinhos. “Aqui no programa, todos são acolhidos. Eles têm quem buscar e receber ajuda. E esse é o nosso papel trabalhando com o social”.

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“Eles acabam se perdendo e deixando de fazer coisas que realmente gostariam para ficar muito tempo no celular”, explica Raphaela

Raphaela Queiroz, jornalista e estudante de Psicologia da UNAMA, faz parte de um grupo de estágio com ênfase no social que tem levado palestras e oficinas a diversos projetos. Segundo ela, a proposta da conversa com os adolescentes foi abordar um tema urgente da modernidade: a qualidade das nossas interações.

“Nossa proposta é mostrar a importância de conexões reais com as pessoas. Sabemos que a adolescência é uma fase bastante complicada, difícil e desafiadora. Eles acabam se perdendo e deixando de lado atividades que realmente gostariam para passar muito tempo no celular, sem prestar atenção ou olhar nos olhos de quem fala numa conversa”, explicou.

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“É importante mostrar aos adolescentes que existe vida além do celular”, disse Raphaela

Raphaela foi enfática ao afirmar que o objetivo não é demonizar a tecnologia, mas sim promover o equilíbrio. “A ideia não é que eles deixem de usar o celular, mas que tenham consciência do tempo que passam e comecem a se policiar. É importante mostrar aos adolescentes que existe vida além do celular”.

Encontros que mudam vidas

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“Por causa da conversa, quero fazer mais atividades como ir para a academia, participar de roda de capoeira ou lutar Muay Thai”, relata Ana

Ana Clara, de 16 anos e há dois no Programa Dedo Verde, encontrou na palestra sobre conexões reais um incentivo para superar a timidez e abraçar novas oportunidades. Com entusiasmo, ela compartilhou como a atividade a impactou.

“A dinâmica me ajudou a perceber que às vezes pensamos demais. Vi muitas pessoas que queriam participar, mas ficaram com vergonha. É bom soltar-se um pouco, criar essa coragem. Por causa da conversa, quero fazer mais atividades como ir para a academia, participar de roda de capoeira ou lutar Muay Thai. Gosto muito de me movimentar, fazer esportes e isso me ajuda a aproveitar mais a vida”, contou.

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“Eu vou lembrar dessa atividade toda vez que sentir falta de alguma coisa, da conexão de conversar com alguém”, conta João

Com quatro anos de participação no Dedo Verde, o membro João Paulo, de 17 anos, vê o programa como parte do seu cotidiano. Para ele, a conversa com os estudantes da UNAMA ressoou como uma mensagem reflexiva sobre sua própria experiência.

“Passamos grande parte do dia conectados virtualmente, com o celular. Acredito que muitos deles também têm seus motivos, pois às vezes a pessoa pode ser antissocial. Vou me lembrar dessa atividade toda vez que sentir falta de algo, da conexão de conversar com alguém. Também posso ensinar os outros, passando essas informações adiante”, destacou.

*Supervisionado por Shirleia Rios*

Fonte: Prefeitura de Boa Vista – RR

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