Sob a liderança de Arie Eliav, a equipe da Tahal, juntamente com trabalhadores enviados pelas Nações Unidas, coordenou várias missões em Gazvim. Após as intervenções emergenciais, eles tinham quatro objetivos claros:
1 – Levantamento geral da área de Gazvim para planejar o desenvolvimento da região.
2 – Elaborar um plano para toda a zona do terremoto, incluindo a construção de novas vilas.
3 – Introduzir novas culturas e montar áreas de demonstração para ajudar os moradores locais em práticas agrícolas aprimoradas.
4 – Capacitar engenheiros iranianos.
Sim, alguns dos israelenses mais talentosos da época treinavam engenheiros iranianos, em um programa sob a coordenação do homem que também liderava o programa nuclear do Irã. Embora possa parecer impensável hoje, “historicamente falando, a colaboração era comum: Israel tinha uma relação muito próxima (para não dizer controversa) com o regime do xá”, conforme um artigo no site da Biblioteca Nacional de Israel.
Na primavera de 1963, por exemplo, dezenas de estudantes e professores de geologia, israelenses e iranianos, conviveram, trabalharam, estudaram e até fizeram trilhas juntos. No documento da Tahal, notava-se o clima de respeito e cordialidade:
“É importante enfatizar que, embora os engenheiros israelenses se esforçassem para transmitir conhecimento aos seus colegas iranianos, eles mesmos também aprenderam bastante com os iranianos e foram muito auxiliados por eles. Não há dúvida de que, sem seu trabalho dedicado, tanto em campo quanto no escritório, as equipes israelenses não teriam alcançado os resultados que alcançaram…”
Ao longo de três meses, o esforço mútuo resultou na construção de centenas de casas para os desabrigados. O trabalho da Tahal foi considerado um sucesso, e Arie Eliav liderou uma missão semelhante na Nicarágua, em 1972 (ele também havia participado de outra do tipo, no Marrocos, em 1960).