A PCRR (Polícia Civil de Roraima) promoveu, na sexta-feira, dia 6, um ciclo de cinco palestras destinado exclusivamente a policiais civis, visando orientar e aprimorar o atendimento a indivíduos em situações de vulnerabilidade. O evento ocorreu no IERR (Instituto de Educação de Roraima) e foi organizado pelo Nupen (Núcleo de Pesquisa e Ensino), sob a coordenação da delegada Elivânia Aguiar.
A primeira palestra foi conduzida pela psicóloga Tayna Agra, abordando o tema “Atendimento à Pessoa com TEA: Estratégias e Boas Práticas”. Durante a apresentação, foram discutidos dados sobre a prevalência do autismo, direitos assegurados por lei, como prioridade no atendimento, e dicas sobre comunicação eficaz e tratamento respeitoso.
Em seguida, a escrivã de Polícia, Laura Peres, apresentou o tema “Relatos de uma Mãe Atípica”. A policial compartilhou sua experiência pessoal como mãe de uma criança com autismo nível 2, ressaltando aspectos do diagnóstico, comportamento, desafios enfrentados e a importância de identificar sinais do transtorno.
O delegado da Polícia Federal Adolpho Hugo discutiu o tema “Atendimento à Pessoa em Situação de Rua com Foco na Imigração Venezuelana”. Ele trouxe dados sobre os imigrantes venezuelanos, indicando que representam cerca de 20% da população do estado, e analisou os impactos sociais em todo o Estado, especialmente em Pacaraima. Também abordou procedimentos relativos a refúgio, residência, documentação e combate à imigração clandestina.
O delegado Franco Abruzzi apresentou a palestra “Atendimento à Pessoa com Deficiência”, baseando-se no Estatuto da Pessoa com Deficiência. Foram discutidas definições legais, noções práticas e diretrizes para o atendimento policial, com foco em procedimentos específicos e condutas apropriadas.
Encerrando o ciclo, a delegada Caroline Huppes abordou “Atendimento a Mulheres e Meninas Vítimas de Violência Doméstica e Sexual”. A palestra destacou a relevância de prevenir a revitimização institucional, a importância de investigações eficazes e a escuta qualificada, além de aspectos como sigilo, envolvimento de equipe multidisciplinar e a subnotificação dos casos.
Segundo informações fornecidas pela delegada Elivânia Aguiar, o ciclo faz parte das iniciativas de formação continuada da Polícia Civil e teve como objetivo a padronização de condutas e o aprimoramento dos atendimentos realizados a diferentes públicos vulneráveis.
